PAPA RATZINGER FORUM Forum, News, Immagini,Video e Curiosità sul nuovo Papa Benedetto XVI

Homilias, Mensajes Discursos y Audiencias de Benedicto XVI

  • Messaggi
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.188
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 05/10/2008 23:13
    Benedicto XVI: El Sínodo, "hacer camino juntos"


    Publicamos las palabras que dirigió Benedicto XVI este domingo al rezar el Ángelus junto a miles de peregrinos congregados en la plaza de San Pedro, tras haber presidido la celebración eucarística de apertura del Sínodo de los Obispos sobre la Palabra en la Basílica de San Pablo Extramuros.




    * * *

    Queridos hermanos y hermanas:

    Esta mañana, con la santa misa en la Basílica de San Pablo Extramuros, ha comenzado la XII Asamblea General Ordinaria del Sínodo de los Obispos, que se celebrará en el Vaticano durante tres semanas y afrontará el tema: "La Palabra de Dios en la vida y en la misión de la Iglesia". Vosotros conocéis el valor y la función de esta asamblea particular de obispos, escogidos para representar a todo el episcopado y convocados para ofrecer al sucesor de Pedro una ayuda más eficaz, manifestando y consolidando al mismo tiempo la comunión eclesial.

    Se trata de un organismo importante, instituido en septiembre de 1965 por mi venerado predecesor, el siervo de Dios Pablo VI (Cf. carta apostólica en forma de motu proprio "Apostolica sollicitudo"), durante la última fase del Concilio Vaticano II para aplicar una consigna contenida en el decreto sobre el ministerio de los obispos (Cf. Christus Dominus, 5).

    Estas son las finalidades del Sínodo de los Obispos: favorecer una cercana unión y colaboración entre el Papa y los obispos de todo el mundo; ofrecer información directa y exacta sobre la situación y los problemas de la Iglesia; favorecer el acuerdo sobre la doctrina y la acción pastoral; afrontar temas de gran importancia y actualidad. Estas tareas son coordinadas por una secretaría permanente, que trabaja en directa e inmediata dependencia de la autoridad del obispo de Roma.

    La dimensión sinodal forma parte constitutiva de la Iglesia: consiste en converger de todo pueblo y cultura para convertirse en uno en Cristo y caminar juntos tras Él, que dijo: "Yo soy el camino, la verdad y la vida" (Juan 14,6). De hecho, la palabra griega sýnodos, compuesta por la preposición syn, es decir "con", y de odòs, que significa "camino", sugiere la idea de "hacer camino juntos", y es precisamente ésta la experiencia del Pueblo de Dios en la historia de la salvación. Para la asamblea general ordinaria, que hoy comienza, he escogido, acogiendo autorizados puntos de vista en este sentido, el tema de la Palabra de Dios a profundizar desde una perspectiva pastoral, en la vida y en la misión de la Iglesia. Ha sido amplia la participación en la fase preparatoria por parte de las Iglesias particulares de todo el mundo, que han enviado sus contribuciones a la Secretaría del Sínodo, que a su vez ha elaborado el Instrumentum laboris, documento sobre el que discutirán los 253 padres sinodales: 51 de África, 62 de América, 41 de Asia, 90 de Europa y 9 de Oceanía. A ellos se les añaden numerosos expertos y auditores, hombres y mujeres, así como "delegados fraternos" de las demás iglesias y comunidades eclesiales y algunos invitados especiales.

    Queridos hermanos y hermanas: os invito a todos a apoyar los trabajos del Sínodo con vuestra oración, invocando en especial la intercesión maternal de la Virgen María, perfecta discípula de la divina Palabra.

    [Después de rezar el Ángelus, el Papa añadió:]

    Esta noche comenzará una singular iniciativa, promovida por la RAI con el título "Biblia, de día y de noche". Se trata de la lectura ininterrumpida de toda la Biblia durante siete días y siete noches, desde hoy hasta el próximo sábado 11 de octubre, transmitida por televisión en directo. La sede será la basílica romana de la Santa Cruz en Jerusalén, y los lectores que se relevarán serán casi 1.200 de 50 países distintos, en parte elegidos con criterio ecuménico y muchos inscritos voluntariamente. Este acontecimiento se inscribe perfectamente en el Sínodo de los Obispos sobre la Palabra de Dios, y yo mismo daré inicio a la lectura del primer capítulo del libro del Génesis, que será transmitido esta tarde a las siete en el primer canal de la RAI. De esta forma la Palabra de Dios podrá entrar en las casas para acompañar la vida de las familias y de los individuos: una semilla, que si se acoge bien, no dejará de producir abundantes frutos.


    [El Papa saludó a continuación a los peregrinos en varios idiomas. En español, dijo:]

    Doy mi cordial bienvenida a los participantes de lengua española en esta oración del Ángelus, e invito a todos a orar por los trabajos del Sínodo de los Obispos, que en los próximos días reflexionará sobre la Palabra de Dios en la vida de la Iglesia. Y pidamos a María que nos enseñe a escuchar y acoger con todo nuestro ser lo que Dios nos dice por medio del Verbo encarnado para nuestra salvación. Feliz domingo.

    [Traducción del original italiano realizada por Jesús Colina

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]


  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.190
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 08/10/2008 23:05
    Bento XVI: Paulo conhece Cristo verdadeiramente

    Palavras do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira




    CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 8 de outubro de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir a catequese que o Papa pronunciou hoje aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.

    * * *

    Caros irmãos e irmãs:

    Nas últimas catequeses sobre São Paulo, falei de seu encontro com o Cristo ressuscitado, que transformou profundamente sua vida; e depois, de sua relação com os doze Apóstolos chamados por Jesus – particularmente com Tiago, Cefas e João – e de sua relação com a Igreja de Jerusalém. Resta ainda a questão sobre o que São Paulo sabia do Jesus terreno, de sua vida, de seus ensinamentos, da sua paixão. Antes de entrar nesta questão, pode ser útil ter presente que São Paulo mesmo distingue dois modos de conhecer Jesus e, mais em geral, dois modos de conhecer uma pessoa. Ele escreve na Segunda Carta aos Coríntios: “Por isso, doravante a ninguém conhecemos segundo a carne. Também, se conhecemos a Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim” (5, 16). Conhecer “segundo a carne”, de modo carnal, quer dizer conhecer somente de modo externo, com critérios externos: pode-se ter visto uma pessoa várias vezes, conhecer, portanto, os feitos e os diversos detalhes do seu comportamento: como fala, como se move, etc. Todavia, conhecendo alguém deste modo, não se o conhece realmente, não se conhece o núcleo da pessoa. Só com o coração se conhece verdadeiramente uma pessoa. De fato, os fariseus e os saduceus conheceram Jesus de modo externo, escutaram seu ensinamento, tantos detalhes sobre ele, mas não o conheceram em sua verdade. Há uma distinção análoga em uma palavra de Jesus. Depois da Transfiguração, ele pergunta aos apóstolos: “O que diz o povo de mim?” e “Quem dizeis vós que eu sou?”. O povo o conhece, mas superficialmente; sabe diversas coisas dele, mas realmente não o conheceu. Ao contrário, os Doze, graças à amizade que chama à sua causa o coração, entenderam pelo menos na substância e começaram a conhecer quem é Jesus. Também hoje existe este diverso modo de conhecimento: existem pessoas doutas que conhecem Jesus em seus muitos detalhes e pessoas simples que não têm o conhecimento destes detalhes, mas o conheceram em sua verdade: “o coração fala ao coração”. E Paulo quer falar essencialmente de conhecer Jesus assim, com o coração, e de conhecer neste modo essencialmente a pessoa em sua verdade; e, depois, em um segundo momento, de conhecer os detalhes.

    Dito isso, resta ainda a questão: o que São Paulo soube da vida concreta, das palavras, da paixão, dos milagres de Jesus? Parece certo que não o tenha encontrado durante sua vida terrena. Através dos Apóstolos e da Igreja nascente, certamente conheceu também os detalhes sobre a vida terrena de Jesus. Em suas cartas, podemos encontrar três formas de referência ao Jesus pré-pascal. Em primeiro lugar, existem as referências explícitas e diretas. Paulo fala da ascendência davídica de Jesus (cf. Rm 1,3), conhece a existência de seus “irmãos” ou consangüíneos (1 Cor 9,5; Gál 1,19), conhece o desenrolar da Última Ceia (cf. 1 Cor 11,23), conhece outras palavras de Jesus, por exemplo sobre a indissolubilidade do matrimônio (cf. 1 Cor 7, 10 e Mc 10,11-12), sobre a necessidade de que quem anuncia o Evangelho seja mantido pela comunidade enquanto o operário é digno de seu sustento (cf. 1 Cor 9,14 e Lc 10,7); Paulo conhece as palavras pronunciadas por Jesus na Última Ceia (cf. 1 Cor 11,24-25 e Lc 22,19-20) e conhece também a cruz de Jesus. Estas são referências diretas a palavras e fatos da vida de Jesus.

    Em segundo lugar, podemos entrever em algumas frases das cartas paulinas várias alusões à tradição atestada nos evangelhos sinóticos. Por exemplo, as palavras que se lêem na primeira Carta aos Tessalonicenses, segundo a qual “como um ladrão de noite, assim virá o dia do Senhor” (5,2), não se explicam com um retorno às profecias veterotestamentárias, porque a comparação do ladrão noturno se encontra só no Evangelho de Mateus e de Lucas, portanto, são tomadas justamente da tradição sinótica. Assim, quando lemos que “Deus escolheu isto que no mundo é loucura…” (1 Cor 1,27-28), se sente o eco fiel do ensinamento de Jesus sobre os simples e pobres (cf. Mt 5,3; 11,25; 19,30). São, pois, as palavras pronunciadas por Jesus no júbilo messiânico: «Bendigo-vos, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e aos inteligentes e as revelastes aos pequenos”. Paulo sabe – é sua experiência missionária – como são verdadeiras estas palavras, que, isto é, justamente os simples possuem o coração aberto ao conhecimento de Jesus. Também a referência à obediência de Jesus “até a morte”, que se lê em Fil 2,8 não pode não recordar a total disponibilidade do Jesus terreno a cumprir a vontade de seu Pai (cf. Mc 3,35; Jo 4,34). Paulo, portanto, conhece a paixão de Jesus, sua cruz, o modo no qual ele viveu os últimos momentos de sua vida. A cruz de Jesus e a tradição sobre este evento da cruz está no centro do Kerygma paulino. Uma outra pilastra da vida de Jesus conhecida por São Paulo é o Sermão da Montanha, do qual cita alguns elementos quase ao pé da letra, quando escreve aos Romanos: “Amai-vos uns aos outros… Bendizei aqueles que vos perseguem… Vivei em paz com todos… Vencei o mal com o bem…”. Portanto, em suas Cartas, existe um reflexo fiel do Sermão da Montanha (cf. Mt 5-7).

    Por fim, é possível perceber um terceiro modo de presença das palavras de Jesus nas cartas de Paulo: é quando ele realiza uma forma de transposição da tradição pré-pascal à situação depois da Páscoa. Um caso típico é o tema do Reino de Deus. Isso está seguramente no centro da pregação do Jesus histórico (cf. Mt 3,2; Mc 1,15; Lc 4,43). Em Paulo se pode sublinhar uma transposição desta temática, porque depois da ressurreição é evidente que Jesus em pessoa, o Ressuscitado, é o Reino de Deus. O Reino, portanto, chega onde Jesus está chegando. E assim necessariamente o tema do Reino de Deus, no qual era antecipado o mistério de Jesus, se transforma em cristologia. Todavia, as mesmas disposições requeridas por Jesus para se entrar no Reino de Deus valem da mesma forma para Paulo a propósito da justificação mediante a fé: tanto o ingresso no Reino quanto a justificação requerem uma atitude de grande humildade e disponibilidade, livre de presunções, para acolher a graça de Deus. Por exemplo, a parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc 18,9-14) partilha um ensinamento que se encontra tal e qual em Paulo, quando insiste sobre a devida exclusão de toda vaidade ao encontrar-se com Deus. Também as frases de Jesus sobre os publicanos e as prostitutas, mais disponíveis que os fariseus a acolher o Evangelho (cf. Mt 21,31; Lc 15,1-2), encontram plena comparação na doutrina de Paulo sobre o amor misericordioso de Deus em relação aos pecadores (cf. Rm 5, 8-10; e também Ef 2,3-5). Assim, o tema do Reino de Deus é proposto de forma nova, mas sempre em plena fidelidade à tradição do Jesus histórico.

    Outro exemplo de transformação fiel do núcleo doutrinal entendido por Jesus encontra-se nos “títulos” a ele referidos. Antes da Páscoa, ele mesmo se qualifica como Filho do homem; depois da Páscoa, torna-se evidente que o Filho do homem é também o Filho de Deus. Portanto, o título preferido por Paulo para qualificar Jesus é Kyrios, “Senhor” (cf. Fil 2,9-11), que indica a divindade de Jesus. O Senhor Jesus, com este título, surge na plena luz da ressurreição. Sobre o Monte das Oliveiras, no momento da extrema angústia de Jesus (cf. Mc 14,36), os discípulos, antes de adormecerem, haviam ouvido como ele falava com o Pai e o chamava de “Abbá – Pai”. É uma palavra muito familiar, equivalente ao nosso “papai”, usada só por crianças em comunhão com seu pai. Até aquele momento era impensável que um hebreu usasse uma palavra assim para dirigir-se a Deus; mas Jesus, sendo verdadeiramente Filho, nesta hora de intimidade, fala assim e diz: “Abbá, Pai”. Nas Cartas de São Paulo aos Romanos e aos Gálatas, surpreendentemente esta palavra “Abbá”, que exprime a exclusividade da filiação de Jesus, surge na boca dos batizados (cf. Rm 8, 15; Gal 4,6), porque receberam o “Espírito do Filho”, já trazem em si tal Espírito e podem falar como Jesus e com Jesus como verdadeiros filhos a seu Pai, podem dizer “ Abbá” porque se tornaram filhos no Filho.

    E, finalmente, quero aludir à dimensão salvífica da morte de Jesus, que encontramos no trecho evangélico segundo o qual “o Filho do homem, de fato, não veio para ser servido, mas para servir e dar a própria vida em resgate de muitos” (Mc 10,45; Mt 20,28). O reflexo fiel desta palavra de Jesus aparece na doutrina paulina sobre a morte de Jesus como resgate (cf. 1 Cor 6,20), como redenção (cf. Rm 3,24), como libertação (cf. Gál 5,1) e como reconciliação (cf. Rm 5, 10; 2 Cor 5,18-20). Aqui está o centro da teologia paulina, que se baseia nesta palavra de Jesus.

    Em conclusão, São Paulo não pensa em Jesus em uma veste histórica, como a uma pessoa do passado. Conhece certamente a grande tradição sobre a vida, as palavras, a morte e a ressurreição de Jesus, mas não trata de tudo isto como coisa do passado; propõe como realidade do Jesus vivo. As palavras e as ações de Jesus para Paulo não pertencem ao tempo histórico, ao passado. Jesus vive agora, fala agora conosco e vive por nós. Este é a verdadeira forma de conhecer Jesus e de acolher a tradição sobre ele. Devemos, também nós, começar a conhecer Jesus não só segundo a carne, como uma pessoa do passado, mas como o nosso Senhor e Irmão, que está hoje conosco e nos mostra como viver e como morrer.

    [Ao final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em diversos idiomas. Em português, estas foram suas palavras:]

    Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação para todos os presentes, especialmente os grupos paroquiais referidos de Itapecerica da Serra, Monte Sião e São Paulo, no Brasil. Bem-vindos a Roma!

    Pisais terra santa, banhada pelo sangue dos mártires. Quiseram obrigá-los a deixar Cristo para salvarem a vida, mas eles responderam que a sua vida era Cristo; e, certos disso, preferiram Cristo à própria vida. Possa a mesma certeza iluminar a vida de cada um de vós e dos vossos familiares, que de coração abençôo.

    [Tradução do original em italiano por José Caetano. Revisão: Aline Banchieri.

    © Copyright 2008 Libreria Editrice Vaticana]




    © Innovative Media, Inc.

    [Modificato da @Nessuna@ 08/10/2008 23:06]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.200
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 12/11/2008 21:49
    Benedicto XVI: la parusía, fuente de certeza y de valor para el cristiano



    Queridos hermanos y hermanas.

    el tema de la resurrección, sobre el que nos detuvimos la semana pasada, abre una nueva perspectiva, la de la espera de la vuelta del Señor, y por ello nos lleva a reflexionar sobre la relación entre el tiempo presente, tiempo de la Iglesia y del Reino de Cristo, y el futuro (éschaton) que nos espera, cuando Cristo entregará el Reino al Padre (cfr 1 Cor 15,24). Todo discurso cristiano sobre las realidades últimas, llamado escatología, parte siempre del acontecimiento de la resurrección: en este acontecimiento las realidades últimas ya han empezado y, en un cierto sentido, ya están presentes.

    Probablemente en el año 52 san Pablo escribió la primera de sus cartas, la primera Carta a los Tesalonicenses, donde habla de esta vuelta de Jesús, llamada parusía, adviento, nueva y definitiva y manifiesta presencia (cfr 4,13-18). A los Tesalonicenses, que tienen sus dudas y problemas, el Apóstol escribe así: "si creemos que Jesús murió y que resucitó, de la misma manera Dios llevará consigo a quienes murieron en Jesús" (4,14). Y continua: "los que murieron en Cristo resucitarán en primer lugar. Después nosotros, los que vivamos, los que quedemos, seremos arrebatados en nubes, junto con ellos, al encuentro del Señor en los aires" (4,16-17). Pablo describe la parusía de Cristo con acentos muy vivos y con imágenes simbólicas, pero que transmiten un mensaje sencillo y profundo: al final estaremos siempre con el Señor. Este es, más allá de las imágenes, el mensaje esencial: nuestro futuro es "estar con el Señor"; en cuanto creyentes, en nuestra vida nosotros ya estamos con el Señor; nuestro futuro, la vida eterna, ya ha comenzado.

    En la segunda Carta a los Tesalonicenses, Pablo cambia la perspectiva; habla de acontecimientos negativos, que deberán preceder al final y conclusivo. No hay que dejarse engañar -dice- como si el día del Señor fuese verdaderamente inminente, según un cálculo cronológico: "Por lo que respecta a la Venida de nuestro Señor Jesucristo y a nuestra reunión con él, os rogamos, hermanos, que no os dejéis alterar tan fácilmente en vuestros ánimos, ni os alarméis por alguna manifestación del Espíritu, por algunas palabras o por alguna carta presentada como nuestra, que os haga suponer que está inminente el Día del Señor. Que nadie os engañe de ninguna manera" (2,1-3). La continuación de este texto anuncia que antes de la llegada del Señor estará la apostasía y se revelará el no mejor identificado "hombre inicuo", el "hijo de la perdición" (2,3), que la tradición llamará después el Anticristo. Pero la intención de esta Carta de san Pablo es sobre todo práctica; escribe: "cuando estábamos entre vosotros os mandábamos esto: si alguno no quiere trabajar, que tampoco coma. Porque nos hemos enterado de que hay entre vosotros algunos que viven desordenadamente, sin trabajar nada, pero metiéndose en todo. A esos les mandamos y les exhortamos en el Señor Jesucristo a que trabajen con sosiego para comer su propio pan" (3, 10-12). En otras palabras, la espera de la parusía de Jesús no dispensa del trabajo en este mundo, sino al contrario, crea responsabilidades ante el Juez divino sobre nuestro actuar en este mundo. Precisamente así crece nuestra responsabilidad de trabajar en y para este mundo. Veremos lo mismo el próximo domingo en el Evangelio de los talentos, donde el Señor nos dice que ha confiado talentos a todos y el Juez nos pedirá cuentas de ellos diciendo: ¿Habéis traído fruto? Por tanto la espera de su venida implica responsabilidad hacia este mundo.

    La misma cosa y el mismo nexo entre parusía - vuelta del Juez-Salvador - y nuestro compromiso en la vida aparece en otro contexto y con aspectos nuevos en la Carta a los Filipenses. Pablo está en la cárcel y espera la sentencia, que puede ser de condena a muerte. En esta situación piensa en su futuro estar con el Señor, pero piensa también en la comunidad de Filipos, que necesita a su padre, Pablo, y escribe: "para mí la vida es Cristo, y la muerte, una ganancia. Pero si el vivir en la carne significa para mí trabajo fecundo, no sé qué escoger... Me siento apremiado por las dos partes: por una parte, deseo partir y estar con Cristo, lo cual, ciertamente, es con mucho lo mejor; mas por otra parte, quedarme en la carne es más necesario para vosotros. Y, persuadido de esto, sé que me quedaré y permaneceré con todos vosotros para progreso y gozo de vuestra fe, a fin de que tengáis por mi causa un nuevo motivo de orgullo en Cristo Jesús, cuando yo vuelva a estar entre vosotros" (1, 21-26).

    Pablo no tiene miedo a la muerte, al contrario: esta indica de hecho el completo ser con Cristo. Pero Pablo participa también de los sentimientos de Cristo, el cual no ha vivido para sí mismo, sino para nosotros. Vivir para los demás se convierte en el programa de su vida y por ello muestra su perfecta disponibilidad a la voluntad de Dios, a lo que Dios decida. Está disponible sobre todo, también en el futuro, a vivir en la tierra para los demás, a vivir por Cristo, a vivir por su presencia viva y así para la renovación del mundo. Vemos que este ser suyo con Cristo crea a gran libertad interior: libertad ante la amenaza de la muerte, pero libertad también ante todas las tareas y los sufrimientos de la vida. Estaba sencillamente disponible para Dios y realmente libre.

    Y pasamos ahora, tras haber examinado los diversos aspectos de la espera de la parusía de Cristo, a preguntarnos: ¿cuáles son las actitudes fundamentales del cristiano hacia las realidades últimas: la muerte, el fin del mundo? La primera actitud es la certeza de que Jesús ha resucitado, está con el Padre, y por eso está con nosotros, para siempre. Y nadie es más fuerte que Cristo, porque Él está con el Padre, está con nosotros. Por eso estamos seguros, liberados del miedo. Este era un efecto esencial de la predicación cristiana. El miedo a los espíritus, a los dioses, estaba difundido en todo el mundo antiguo. Y también hoy los misioneros, junto con tantos elementos buenos de las religiones naturales, encuentran el miedo a los espíritus, a los poderes nefastos que nos amenazan. Cristo vive, ha vencido a la muerte y ha vencido a todos estos poderes. Con esta certeza, con esta libertad, con esta alegría vivimos. Este es el primer aspecto de nuestro vivir hacia el futuro.

    En segundo lugar, la certeza de que Cristo está conmigo. Y de que en Cristo el mundo futuro ya ha comenzado, esto da también certeza de la esperanza. El futuro no es una oscuridad en la que nadie se orienta. No es así. Sin Cristo, también hoy para el mundo el futuro está oscuro, hay miedo al futuro, mucho miedo al futuro. El cristiano sabe que la luz de Cristo es más fuerte y por eso vive en una esperanza que no es vaga, en una esperanza que da certeza y valor para afrontar el futuro.

    Finalmente, la tercera actitud. El Juez que vuelve -es juez y salvador a la vez- nos ha dejado la tarea de vivir en este mundo según su modo de vivir. Nos ha entregado sus talentos. Por eso nuestra tercera actitud es: responsabilidad hacia el mundo, hacia los hermanos ante Cristo, y al mismo tiempo también certeza de su misericordia. Ambas cosas son importantes. No vivimos como si el bien y el mal fueran iguales, porque Dios solo puede ser misericordioso. Esto sería un engaño. En realidad, vivimos en una gran responsabilidad. Tenemos los talentos, tenemos que trabajar para que este mundo se abra a Cristo, sea renovado. Pero incluso trabajando y sabiendo en nuestra responsabilidad que Dios es el juez verdadero, estamos seguros también de que este juez es bueno, conocemos su rostro, el rostro de Cristo resucitado, de Cristo crucificado por nosotros. Por eso podemos estar seguros de su bondad y seguir adelante con gran valor.

    Un dato ulterior de la enseñanza paulina sobre la escatología es el de la universalidad de la llamada a la fe, que reúne a judíos y gentiles, es decir, a los paganos, como signo y anticipación de la realidad futura, por lo que podemos decir que estamos sentados ya en el cielo con Jesucristo, pero para mostrar a los siglos futuros la riqueza de la gracia (cfr Ef 2,6s): el después se convierte en un antes para hacer evidente el estado de realización incipiente en que vivimos. Esto hace tolerables los sufrimientos del momento presente, que no son comparables a la gloria futura (cfr Rm 8,18). Se camina en la fe y no en la visión, y aunque fuese preferible exiliarse del cuerpo y habitar con el Señor, lo que cuenta en definitiva, morando en el cuerpo o saliendo de él, es ser agradable a Dios (cfr 2 Cor 5,7-9).

    Finalmente, un último punto que quizás parece un poco difícil para nosotros. San Pablo en la conclusión de su segunda Carta a los Corintios repite y pone en boca también a los Corintios una oración nacida en las primeras comunidades cristianas del área de Palestina: Maranà, thà! que literalmente significa "Señor nuestro, ¡ven!" (16,22). Era la oración de la primera comunidad cristiana, y también el último libro del Nuevo testamento, el Apocalipsis, se cierra con esta oración: "¡Señor, ven!". ¿Podemos rezar también nosotros así? Me parece que para nosotros hoy, en nuestra vida, en nuestro mundo, es difícil rezar sinceramente para que perezca este mundo, para que venga la nueva Jerusalén, para que venga el juicio último y el juez, Cristo. Creo que si no nos atrevemos a rezar sinceramente así por muchos motivos, sin embargo de una forma justa y correcta podemos también decir con los primeros cristianos: "¡Ven, Señor Jesús!". Ciertamente, no queremos que venga ahora el fin del mundo. Pero, por otra parte, queremos que termine este mundo injusto. También nosotros queremos que el mundo sea profundamente cambiado, que comience la civilización del amor, que llegue un mundo de justicia y de paz, sin violencia, sin hambre. Queremos todo esto: ¿y cómo podría suceder sin la presencia de Cristo? Sin la presencia de Cristo nunca llegará realmente un mundo justo y renovado. Y aunque de otra manera, totalmente y en profundidad, podemos y debemos decir también nosotros, con gran urgencia y en las circunstancias de nuestro tiempo: ¡Ven, Señor! Ven a tu mundo, en la forma que tu sabes. Ven donde hay injusticia y violencia. Ven a los campos de refugiados, en Darfur y en Kivu del norte, en tantos lugares del mundo. Ven donde domina la droga. Ven también entre esos ricos que te han olvidado, que viven solo para sí mismos. Ven donde eres desconocido. Ven a tu mundo y renueva el mundo de hoy. Ven también a nuestros corazones, ven y renueva nuestra vida, ven a nuestro corazón para que nosotros mismos podamos ser luz de Dios, presencia suya. En este sentido rezamos con san Pablo: ¿Maranà, thà! "¡Ven, Señor Jesús"!, y rezamos para que Cristo esté realmente presente hoy en nuestro mundo y lo renueve.

    [Al final de la audiencia, el papa saludó a los peregrinos en varios idiomas. En español, dijo:]

    Queridos hermanos y hermanas:

    San Pablo enseña que el evento escatológico se ha realizado ya en Cristo, con su muerte y resurrección, aunque su cumplimiento definitivo tendrá lugar al final de los tiempos. Por eso vivimos en el presente esperando la completa redención. Además, mientras la morada terrena del cuerpo se deshace, el cristiano espera de Dios una mansión en el cielo, nuestra verdadera patria. Con su doctrina sobre la espera de la parusía, o segunda venida de Cristo, san Pablo proclama la conexión de la salvación con el acontecimiento pascual y el futuro escatológico. Estos dos aspectos, la pascua y el futuro que nos aguarda, aparecen unidos en una expresión de la carta a los Romanos: "en esperanza fuimos salvados" (8, 24). Relacionada íntimamente con la fe, nuestra esperanza no se funda en una utopía, sino en una novedad de vida real y en crecimiento. La fe cristiana es una esperanza que transforma y sostiene nuestra vida (cf. Spes salvi, 10). Con la expresión Maranà, thà!, Ven, Señor nuestro (1 Co 16, 22), se expresa la conciencia de la salvación ya realizada en la Pascua y la esperanza gozosa del creyente que, sostenido por esta esperanza, se dirige al encuentro de su Señor.

    Saludo cordialmente a los fieles de lengua española. En particular, a los peregrinos y grupos venidos de Chile, España, Guatemala, México, Paraguay y de otros países latinoamericanos. Que la enseñanza y el ejemplo de san Pablo ayude a todos a orientar nuestra vida hacia el encuentro definitivo con el Salvador. Con ocasión de su inauguración, saludo también al Canal de la Iglesia Católica en Colombia "Cristovisión", deseando que esta iniciativa contribuya a difundir los valores del evangelio en ese amado País. Que Dios os bendiga.

    [Traducción del original italiano por Inma Álvarez

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.206
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 23/11/2008 22:00
    Benedicto XVI explica cómo entendía san Pablo la justificación


    Queridos hermanos y hermanas:

    En el camino que estamos recorriendo bajo la guía de san Pablo, queremos ahora detenernos en un tema que está en el centro de las controversias del siglo de la Reforma: la cuestión de la justificación. ¿Cómo llega a ser un hombre justo a los ojos de Dios? Cuando Pablo encontró al resucitado en el camino de Damasco era un hombre realizado: irreprensible en cuanto a la justicia derivada de la Ley (cfr Fil 3,6), superaba a muchos de sus coetáneos en la observancia de las prescripciones mosaicas y era celoso en conservar las tradiciones de sus padres (cfr Gal 1,14). La iluminación de Damasco le cambió radicalmente la existencia: comenzó a considerar todos sus méritos, logros de una carrera religiosa integrísima, como “basura” frente a la sublimidad del conocimiento de Jesucristo (cfr Fil 3,8). La Carta a los Filipenses nos ofrece un testimonio conmovedor del paso de Pablo de una justicia fundada en la Ley y conseguida con la observancia de las obras prescritas, a una justicia basada en la fe en Cristo: había comprendido que cuanto hasta ahora le había parecido una ganancia, en realidad frente a Dios era una pérdida, y había decidido por ello apostar toda su existencia en Jesucristo (cfr Fil 3,7). El tesoro escondido en el campo y la perla preciosa en cuya posesión invierte todo lo demás ya no eran las obras de la Ley, sino Jesucristo, su Señor.

    La relación entre Pablo y el Resucitado llegó a ser tan profunda que le impulsó a afirmar que Cristo no era solamente su vida, sino su vivir, hasta el punto de que para poder alcanzarlo incluso la muerte era una ganancia (cfr Fil 1,21). No es que despreciase la vida, sino que había comprendido que para él el vivir ya no tenía otro objetivo, y por tanto ya no tenía otro deseo que alcanzar a Cristo, como en una competición atlética, para estar siempre con Él: el Resucitado se había convertido en el principio y el fin de su existencia, el motivo y la meta de su carrera. Sólo la preocupación por el crecimiento en la fe de aquellos a los que había evangelizado y la solicitud por todas las Iglesias que había fundado (cfr 2 Cor 11,28) le inducían a desacelerar la carrera hacia su único Señor, para esperar a los discípulos, para que pudieran correr a la meta con él. Si en la anterior observancia de la Ley no tenía nada que reprocharse desde el punto de vista de la integridad moral, una vez alcanzado por Cristo prefería no juzgarse a sí mismo (cfr 1 Cor 4,3-4), sino que se limitaba a correr para conquistar a Aquél por el que había sido conquistado (cfr Fil 3,12).

    A causa de esta experiencia personal de la relación con Jesús, Pablo coloca en el centro de su Evangelio una irreducible oposición entre dos recorridos alternativos hacia la justicia: uno construido sobre las obras de la Ley, el otro fundado sobre la gracia de la fe en Cristo. La alternativa entre la justicia por las obras de la Ley y la justicia por la fe en Cristo se convierte así en uno de los temas dominantes que atraviesan sus cartas: “Nosotros somos judíos de nacimiento y no gentiles pecadores; a pesar de todo, conscientes de que el hombre no se justifica por las obras de la Ley sino por la fe en Jesucristo, también nosotros hemos creído en Cristo Jesús a fin de conseguir la justificación por la fe en Cristo, y no por las obras de la Ley, pues por las obras de la ley nadie será justificado” (Gal 2,15-16). Y a los cristianos de Roma les reafirma que “todos pecaron y están privados de la gloria de Dios, y son justificados por el don de su gracia, en virtud de la redención realizada en Cristo Jesús” (Rm 3,23-24). Y añade: “Pensamos que el hombre es justificado por la fe, independientemente de las obras de la Ley” (Ibid 28). Lutero tradujo este pasaje como “justificado sólo por la fe”. Volveré sobre esto al final de la catequesis. Antes debemos aclarar qué es esta “Ley” de la que hemos sido liberados y qué son esas “obras de la Ley” que no justifican. La opinión --que se repetirá en la historia--, según la cual se trataba de la ley moral, y que la libertad cristiana consistía, por tanto, en la liberación de la ética, existía ya en la comunidad de Corinto. Así, en Corinto circulaba la palabra “panta mou estin” (todo me es lícito). Es obvio que esta interpretación es errónea: la libertad cristiana no es libertinaje, la liberación de la que habla san Pablo no es liberarse de hacer el bien.

    ¿Pero qué significa por tanto la Ley de la que hemos sido liberados y que no salva? Para san Pablo, como para todos sus contemporáneos, la palabra Ley significaba la Torá en su totalidad, es decir, los cinco libros de Moisés. La Torá implicaba, en la interpretación farisaica, la que había estudiado y hecho suya Pablo, un conjunto de comportamientos que iban desde el núcleo ético hasta las observancias rituales y cultuales que determinaban sustancialmente la identidad del hombre justo. Particularmente la circuncisión, la observancia acerca del alimento puro y generalmente la pureza ritual, las reglas sobre la observancia del sábado, etc. Comportamientos que aparecen a menudo en los debates entre Jesús y sus contemporáneos. Todas estas observancias que expresan una identidad social, cultural y religiosa, habían llegado a ser singularmente importantes en el tiempo de la cultura helenística, empezando desde el siglo III a.C. Esta cultura, que se había convertido en la cultura universal de entonces, era una cultura aparentemente racional, una cultura politeísta aparentemente tolerante, que ejercía una fuerte presión de uniformidad cultural y amenazaba así la identidad de Israel, que estaba políticamente obligado a entrar en esta identidad común de la cultura helenística con la consiguiente pérdida de su propia identidad, perdiendo así también la preciosa heredad de la fe de sus Padres, la fe en el único Dios y en las promesas de Dios.

    Contra esta presión cultural, que amenazaba no sólo a la identidad israelita, sino también a la fe en el único Dios y en sus promesas, era necesario crear un muro de distinción, un escudo de defensa que protegiera la preciosa heredad de la fe; este muro consistía precisamente en las observancias y prescripciones judías. Pablo, que había aprendido estas observancias precisamente en su función defensiva del don de Dios, de la heredad de la fe en un único Dios, veía amenazada esta identidad por la libertad de los cristianos: por esto les perseguía. En el momento de su encuentro con el Resucitado entendió que con la resurrección de Cristo la situación había cambiado radicalmente. Con Cristo, el Dios de Israel, el único Dios verdadero, se convertía en el Dios de todos los pueblos. El muro --así lo dice Carta a los Efesios-- entre Israel y los paganos ya no era necesario: es Cristo quien nos protege contra el politeísmo y todas sus desviaciones; es Cristo quien nos une con y en el único Dios; es Cristo quien garantiza nuestra verdadera identidad en la diversidad de las culturas, y es él el que nos hace justos. Ser justo quiere decir sencillamente estar con Cristo y en Cristo. Y esto basta. Ya no son necesarias otras observancias. Por eso la expresión "sola fide" de Lutero es cierta si no se opone la fe a la caridad, al amor. La fe es mirar a Cristo, encomendarse a Cristo, unirse a Cristo, conformarse a Cristo, a su vida. Y la forma, la vida de Cristo es el amor; por tanto creer es conformarse con Cristo y entrar en su amor. Por eso san Pablo en la Carta a los Gálatas, en la que sobre todo ha desarrollado su doctrina sobre la justificación, habla de la fe que obra por medio de la caridad (cfr Gal 5,14).

    Pablo sabe que en el doble amor a Dios y al prójimo está presente y cumplida toda la Ley. Así en la comunión con Cristo, en la fe que crea la caridad, toda la Ley se realiza. Somos justos cuando entramos en comunión con Cristo, que es amor. Veremos lo mismo en el Evangelio del próximo domingo, solemnidad de Cristo Rey. Es el Evangelio del juez cuyo único criterio es el amor. Lo que pide es sólo esto: ¿Tú me has visitado cuando estaba enfermo? ¿Cuando estaba en la cárcel? ¿Me has dado de comer cuando tenía hambre, o me has vestido cuando estaba desnudo? Y así la justicia se decide en la caridad. Así, al término de este Evangelio, podemos decir: sólo amor, sólo caridad. Pero no hay contradicción entre este Evangelio y san Pablo. Es la misma visión, según la cual, la comunión con Cristo, la fe en Cristo crea la caridad. Y la caridad es la realización de la comunión con Cristo. Así, si estamos unidos a Él somos justos, y no hay otra forma.

    Al final, podemos sólo rezar al Señor para que nos ayude a creer. Creer realmente; creer se convierte así en vida, unidad con Cristo, transformación de nuestra vida. Y así, transformados por su amor, por el amor a Dios y al prójimo, podemos ser realmente justos a los ojos de Dios.

    [Al final de la audiencia, Benedicto XVI saludó a los peregrinos en varios idiomas. En español:]

    Un saludo muy cordial a los peregrinos de lengua española, en particular a los que han venido de España, Chile y otros países latinoamericanos. Invito a todos a dejarse ganar por Cristo y a seguir así el ejemplo de San Pablo, cuya vida no tuvo ningún otro objetivo sino estar y permanecer siempre con Él. Muchas gracias por vuestra visita.

    [Traducción del italiano por Inma Álvarez

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]




    © Innovative Media, Inc.
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.207
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 23/11/2008 22:07
    Benedicto XVI: el amor al prójimo, realización del Reino de Dios


    Intervención con motivo del Ángelus




    CIUDAD DEL VATICANO, domingo 23 de noviembre de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos las palabras que dirigió Benedicto XVI a mediodía de este domingo antes y después de rezar la oración mariana del Ángelus, junto a varios miles de peregrinos congregados en la plaza de San Pedro del Vaticano.

    Queridos hermanos y hermanas,

    Celebramos hoy, último domingo del año litúrgico, la solemnidad de Nuestro Señor Jesucristo Rey del Universo. Sabemos por los evangelios que Jesús rechazó el título de rey cuando éste se entendía en sentido político, en el sentido de los “jefes de las naciones” (cfr Mt 20,24). En cambio, durante su pasión, reivindicó una realeza singular ante Pilato, el cual le interrogó explícitamente: “¿Tú eres rey?”, y Jesús respondió: “Tu lo dices, soy rey” (Jn 18,37); poco antes sin embargo había declarado: “”mi reino no es de este mundo” (Jn 18,36). La realeza de Cristo, de hecho, es revelación y actuación de la de Dios Padre, que gobierna todas las cosas con amor y con justicia. El Padre ha confiado al Hijo la misión de dar a los hombres la vida eterna amándoles hasta el supremo sacrificio, y al mismo tiempo le ha conferido el poder de juzgarlos, desde el momento en que se ha hecho Hijo del hombre, en todo similar a nosotros (cfr Jn 5,21-22.26-27).

    El Evangelio de hoy insiste precisamente en la realeza universa del Cristo juez, con la estupenda parábola del juicio final, que san Mateo ha colocado inmediatamente antes del relato de la Pasión (25,31-46). Las imágenes son sencillas, el lenguaje es popular, pero el mensaje es extremadamente importante: es la verdad sobre nuestro destino último y sobre el criterio con que seremos juzgados: “Tuve hambre y me disteis de comer, tuve sed y me disteis de beber, era forastero y me acogisteis” (Mt 25,35) etc. ¿Quién no conoce esta página? Forma parte de nuestra civilización. Ha marcado la historia de los pueblos de cultura cristiana: la jerarquía de valores, las instituciones, las múltiples obras benéficas y sociales. En efecto, el reino de Cristo no es de este mundo, pero lleva a cumplimiento todo el bien que, gracias a Dios, existe en el hombre y en la historia. Si ponemos en práctica el amor por nuestro prójimo, según el mensaje evangélico, entonces hacemos espacio al señorío de Dios, y su reino se realiza en medio de nosotros. Si en cambio cada uno piensa solo en sus propios intereses, el mundo no puede no ir a la ruina.

    Queridos amigos, el reino de Dios no es una cuestión de honores o de apariencias, sino, como escribe san Pablo, es “justicia, paz y alegría en el Espíritu Santo” (Rm 14,17). Al Señor le importa nuestro bien, es decir, que todo hombre tenga la vida, que especialmente sus hijos más “pequeños” puedan acceder al banquete que él ha preparado para todos. Por eso, no soporta esas formas hipócritas de quien dice “Señor, Señor” y después descuida sus mandamientos (cfr Mt 7,21). En su reino eterno, Dios acoge a cuantos se esfuerzan día a día por poner en práctica su palabra. Por esto la Virgen María, la más humilde de todas las criaturas, es la más grande a sus ojos y se sienta como Riena a la derecha del Cristo Rey. A su celeste intercesión queremos confiarnos una vez más con confianza filial, para poder llevar a cabo nuestra misión cristiana en el mundo.

    [Después del Ángelus]

    Mañana, en Japón, en la ciudad de Nagasaki, tendrá lugar la beatificación de 188 mártires, todos japoneses, hombres y mujeres, muertos en la primera parte del siglo XVII. En esta circunstancia, tan significativa para la comunidad católica y para todo el País del Sol Levante, aseguro mi cercanía espiritual. El próximo sábado, además, en Cuba será proclamado beato el Hermano José Olallo Valdés, de la Orden Hospitalaria de San Juan de Dios. A su protección celeste confío el pueblo cubano, especialmente a los enfermos y a los operadores sanitarios.

    [A los peregrinos en lengua española]

    Saludo con afecto a los fieles de lengua española, y de modo muy especial a los Pastores y fieles cubanos, que el próximo sábado celebrarán en Camagüey la beatificación del Padre José Olallo Valdés. Que el ejemplo y la intercesión del nuevo Beato ayude a la Iglesia en su misión evangelizadora, y conceda una renovada vitalidad apostólica a todos los cubanos que se glorían de ser discípulos y misioneros de Jesucristo.

    [Traducción del italiano por Inma Álvarez

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]




    © Innovative Media, Inc.

    La reproducción de los servicios de Zenit requiere el permiso expreso del editor.

  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.217
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 17/12/2008 23:13
    Benedicto XVI: Navidad, la fiesta que canta el don de la vida


    Queridos hermanos y hermanas




    Comenzamos precisamente hoy los días del Adviento que nos preparan inmediatamente a la Natividad del Señor: estamos en la Novena de Navidad, que en muchas comunidades cristianas se celebra con liturgias ricas en texto bíblicos, orientados todos ellos a alimentar la espera del nacimiento del Salvador. La Iglesia entera, en efecto, concentra su mirada de fe hacia esta fiesta ya cercana, predisponiéndose, como cada año, a unirse al canto alegre de los ángeles, que en el corazón de la noche anunciarán a los pastores el extraordinario acontecimiento del nacimiento del Redentor, invitándoles a acercarse a la gruta de Belén. Allí yace el Enmanuel, el Creador hecho criatura, envuelto en pañales y acostado en un pobre pesebre (cfr Lc 2,13-14).

    Por el clima que la caracteriza, la Navidad es una fiesta universal. Incluso quien no se profesa creyente, de hecho, puede percibir en esta celebración cristiana anual algo extraordinario y trascendente, algo íntimo que habla al corazón. Es la fiesta que canta el don de la vida. El nacimiento de un niño debería ser siempre un acontecimiento que trae alegría: el abrazo de un recién nacido suscita normalmente sentimientos de atención y de premura, de conmoción y de ternura. La Navidad es el encuentro con un recién nacido que llora en una gruta miserable. Con templándolo en el pesebre, ¿cómo no pensar en tantos niños que aún hoy ven la luz en una gran pobreza, en muchas regiones del mundo? ¿Cómo no pensar en los recién nacidos no acogidos y rechazados, a los que no llegan a sobrevivir por falta de cuidados y atenciones? ¿Cómo no pensar también en las familias que quisieran la alegría de un hijo y no ven colmada esta esperanza? Bajo el empuje de un consumismo hedonista, por desgracia, la Navidad corre el riesgo de perder su significado espiritual para reducirse a una mera ocasión comercial de compras e intercambio de regalos. En verdad, sin embargo, las dificultades y las incertidumbres y la misma crisis económica que en estos meses están viviendo tantas familias, y que afecta a toda la humanidad, pueden ser un estímulo para descubrir el calor de la simplicidad, de la amistad y de la solidaridad, valores típicos de la Navidad. Despojado de las incrustaciones consumistas y materialistas, la Navidad puede convertirse así en una ocasión para acoger, como regalo personal, el mensaje de esperanza que emana del misterio del nacimiento de Cristo.

    Todo esto, sin embargo, no basta para asimilar plenamente el valor de la fiesta a la que nos estamos preparando. Nosotros sabemos que ésta celebra el acontecimiento central de la historia: la Encarnación del Verbo divino para la redención de la humanidad. San León Magno, en una de sus numerosas homilías navideñas, exclama así: "Exultemos en el Señor, queridos míos, y abramos nuestro corazón a la alegría más pura. Porque ha amanecido el día que para nosotros significa la nueva redención, la antigua preparación, la felicidad eterna. Se renueva así para nosotros en el ciclo anual el elevado misterio de nuestra salvación que, prometido al principio y realizado al final de los tiempos, está destinado a durar sin fin" (Homilía XXII). Sobre esta verdad fundamental vuelve muchas veces san Pablo en sus cartas. A los Gálatas, por ejemplo, escribe: "Pero, al llegar la plenitud de los tiempos, envió Dios a su Hijo, nacido de mujer, nacido bajo la Ley... para que recibiéramos la filiación adoptiva" (4,4). En la Carta a los Romanos pone de manifiesto las lógicas y exigentes consecuencias de este acontecimiento salvador: "Si (somos) hijos, también herederos; herederos de Dios y coherederos de Cristo, ya que sufrimos con él, para ser también con él glorificados" (8,17). Pero es sobre todo san Juan, en el Prólogo al cuarto Evangelio, quien medita profundamente sobre el misterio de la Encarnación. Y es por esto que el Prólogo forma parte de la liturgia de la Navidad desde tiempos antiguos: en él se encuentra, de hecho, la expresión más auténtica y la síntesis más profunda de esta fiesta, y del fundamento de su alegría. San Juan escribe: "Et Verbum caro factum est et habitavit in nobis - Y el Verbo se hizo carne y habitó entre nosotros" (Jn 1,14).

    En Navidad por tanto no nos limitamos a conmemorar el nacimiento de un gran personaje; no celebramos simplemente y en abstracto el misterio del nacimiento del hombre o en general el nacimiento de la vida; tampoco celebramos sólo el principio de una gran estación. En Navidad recordamos algo muy concreto e importante para los hombres, algo esencial para la fe cristiana, una verdad que san Juan resume en estas pocas palabras: "El Verbo se hizo carne". Se trata de un acontecimiento histórico que el evangelista Lucas se preocupa de situar en un contexto muy determinado: en los días en que se emanó el decreto del primer censo de César Augusto, cuando Quirino era ya gobernador de Siria (cf. Lc 2,1-7). Es por tanto una noche fechada históricamente en la que se verificó el acontecimiento de salvación que Israel esperaba desde hacía siglos. En la oscuridad de la noche de Belén se encendió, realmente, una gran luz: el Creador del universo se encarnó uniéndose indisolublemente a la naturaleza humana, hasta ser realmente "Dios de Dios, luz de luz" y al mismo tiempo hombre, verdadero hombre. Aquel que Juan llama en griego "ho logos" - traducido en latín "Verbum", "el Verbo" - significa también "el Sentido". Por tanto, podemos entender la expresión de Juan así: el "Sentido eterno" del mundo se ha hecho tangible a nuestros sentidos y a nuestra inteligencia: ahora podemos tocarlo y contemplarlo (cfr 1Jn 1,1). El "Sentido" que se ha hecho carne no es simplemente una idea general inscrita en el mundo; es una "palabra" dirigida a nosotros. El Logos nos conoce, nos llama, nos guía. No es una ley universal, en la que nosotros desarrollamos algún papel, sino que es una Persona que se interesa por cada persona singular: es el Hijo del Dios vivo, que se ha hecho hombre en Belén.

    A muchos hombres, y de alguna forma a todos nosotros, esto parece demasiado hermoso para ser cierto. En efecto, aquí se nos reafirma : sí, existe un sentido, y el sentido no es una protesta impotente contra el absurdo. El Sentido es poderoso: es Dios. Un Dios bueno, que no se confunde con cualquier poder excelso y lejano, al que nunca se podría llegar, sino un Dios que se ha hecho cercano a nosotros y nuestro prójimo, que tiene tiempo para cada uno de nosotros y que ha venido a quedarse con nosotros. Entonces surge espontánea la pregunta: "¿Cómo es posible una cosa semejante? ¿Es digno de Dios hacerse niño?". Para intentar abrir el corazón a esta verdad que ilumina la entera existencia humana, es necesario plegar la mente y reconocer la limitación de nuestra inteligencia. En la gruta de Belén, Dios se muestra a nosotros humilde "infante" para vencer nuestra soberbia. Quizás nos habríamos rendido más fácilmente frente al poder, frente a la sabiduría; pero Él no quiere nuestra rendición; apela más bien a nuestro corazón y a nuestra decisión libre de aceptar su amor. Se ha hecho pequeño para liberarnos de esa pretensión humana de grandeza que surge de la soberbia; se ha encarnado libremente para hacernos a nosotros verdaderamente libres, libres de amarlo.

    Queridos hermanos y hermanas, la Navidad es una oportunidad privilegiada para meditar sobre el sentido y el valor de nuestra existencia. El aproximarse de esta solemnidad nos ayuda a reflexionar, por una parte, sobre el dramatismo de la historia en la que los hombres, heridos por el pecado, están permanentemente buscando la felicidad y un sentido satisfactorio de la vida y la muerte; por otra, nos exhorta a meditar sobre la bondad misericordiosa de Dios, que ha salido al encuentro del hombre para comunicarle directamente la Verdad que salva, y hacerle partícipe de su amistad y de su vida. Preparémonos, por tanto, a la Navidad con humildad y sencillez, disponiéndonos a recibir el don de la luz, la alegría y la paz que irradian de este misterio. Acojamos la Navidad de Cristo como un acontecimiento capaz de renovar hoy nuestra existencia. Que el encuentro con el Niño Jesús nos haga personas que no piensen solo en sí mismas, sino que se abran a las expectativas y necesidades de los hermanos. De esta forma nos convertiremos también nosotros en testigos de la luz que la Navidad irradia sobre la humanidad del tercer milenio. Pidamos a María Santísima, tabernáculo del Verbo encarnado, y a san José, silencioso testigo de los acontecimientos de la salvación, que nos comuniquen los sentimientos que ellos tenían mientras esperaban el nacimiento de Jesús, de modo que podamos prepararnos a celebrar santamente la próxima Navidad, en el gozo de la fe y animados por el empeño de una conversión sincera.

    ¡Feliz Navidad a todos!

    [Al final de la audiencia, el Papa saludó a los peregrinos en varios idiomas. En español, dijo:]

    Queridos hermanos y hermanas:

    Hoy comienza la novena de Navidad, que nos prepara inmediatamente para la fiesta en la que conmemoramos el nacimiento del Señor, fiesta que canta también el don de la vida. La contemplación del Niño Dios en el pesebre nos hace pensar en los niños pobres, en los que, concebidos, son rechazados o, apenas nacidos, no tienen medios para sobrevivir. Descubramos los auténticos valores de la Navidad, dejando de lado todo lo que ensombrece su genuino significado. En estos días santos, los cristianos no conmemoramos el surgir de un gran personaje, y menos aún el comienzo de una nueva estación. La Navidad recuerda un hecho fundamental: en la oscuridad de la noche de Belén se hizo una gran luz. El Creador del universo se encarnó uniéndose indisolublemente a la naturaleza humana y, sin dejar de ser realmente Dios de Dios y luz de luz, se hizo al mismo tiempo verdadero hombre. El Verbo encarnado es una Persona que se interesa por cada persona, es el Hijo de Dios vivo, que se hizo pequeño para vencer nuestra soberbia y hacernos auténticamente libres, libres para amarlo.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española, en particular a los alumnos del Instituto "Ángel de Saavedra", de Córdoba, y a los demás grupos venidos de España, México y otros países latinoamericanos. Pidamos a la Virgen María y a san José, que nos ayuden a prepararnos a la celebración de la Navidad con el gozo de la fe, y que el encuentro con el Niño Jesús nos haga personas abiertas a las necesidades de los hermanos.

    Feliz Navidad.

    [Traducción del original italiano por Inma Álvarez

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.220
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 23/12/2008 02:55
    Benedicto XVI: Navidad, una fiesta de dimensiones cósmicas



    Queridos hermanos y hermanas,

    El Evangelio de este cuarto domingo de Adviento nos vuelve a proponer el relato de la Anunciación (Lc 1,26-38), el misterio al que volvemos cada día al recitar el Angelus. Esta oración nos hace revivir el momento decisivo en el que Dios llamó al corazón de María y, al recibir su “sí”, comenzó a tomar carne en ella. La oración “Colecta” de la misa de hoy es la misma que se recita al final del Angelus y, en italiano, dice así: “Derrama, Señor, tu gracia en nuestras almas, para que los que por el anuncio del ángel hemos conocido la encarnación de tu Hijo Jesucristo, por su pasión y su cruz seamos llevados a la gloria de su resurrección”. A pocos días ya de la fiesta de Navidad, se nos invita a dirigir la mirada al misterio inefable que María ha custodiado durante nueve meses en su seno virginal: el misterio de Dios que se hace hombre. Y esta es la primera clave de la redención. La segunda es la muerte y resurrección de Jesús, y estas dos claves inseparables manifiestan un único diseño divino: salvar a la humanidad y a su historia asumiéndolas hasta el final haciéndose cargo enteramente de todo el mal que nos oprime.

    Este misterio de salvación, además de la histórica, tiene una dimensión cósmica: Cristo es el sol de gracia que, con su luz, “transfigura y enciende el universo en espera” (Liturgia). La misma colocación de la fiesta de Navidad está ligada al solsticio de invierno, cuando las jornadas, en el hemisferio boreal, vuelven a empezar a alargarse. A propósito de esto, quizás no todos saben que la Plaza de San Pedro es también una meridiana: el gran obelisco, de hecho, arroja su sombra a lo largo de una línea que recorre el empedrado hacia la fuente que está bajo esta ventana, y en estos días la sombra es la más larga del año. Esto nos recuerda la función de la astronomía para determinar los tiempos de la oración El Angelus, por ejemplo, se recita por la mañana, a mediodía y por la noche, y con la meridiana, que antiguamente servía precisamente para conocer el “mediodía verdadero”, se regulaban los relojes.

    El hecho de que precisamente hoy, a esta hora, cae el solsticio de invierno, me ofrece la oportunidad de saludar a todos aquellos que participarán en diverso grado en las iniciativas del año mundial de la astronomía, el 2009, en el que se cumple el 4º centenario de las primeras observaciones al telescopio de Galileo Galilei. Entre mis predecesores de venerada memoria ha habido cultivadores de esta ciencia, como Silvestre II, que la enseñó, Gregorio XIII, a quien debemos nuestro calendario, y san Pío X, que sabía construir relojes solares. Si los cielos, según las bellas palabras del salmista, “narran la gloria de Dios” (Sal 19[18],2), también las leyes de la naturaleza, que en el transcurso de los siglos tantos hombres y mujeres de ciencia nos han hecho entender cada vez mejor, son un gran estímulo para contemplar con gratitud las obras del Creador.

    Volvamos ahora la mirada a María y José, que esperan el nacimiento de Jesús, y aprendamos de ellos el secreto del recogimiento para gustar la alegría de la Navidad. Preparémonos a acoger con fe al Redentor que viene a estar con nosotros. Palabra e amor de Dios para la humanidad de todo tiempo.

    [Después del Ángelus, a los peregrinos de lengua española]

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española. El Evangelio que se ha proclamado en este cuarto domingo de Adviento nos presenta la escena de la Anunciación del Arcángel Gabriel, en la que mediante el fiat de María, el Verbo eterno se hizo carne en su seno virginal. Pongamos a la Santísima Virgen como intercesora en estos últimos días de preparación para la Navidad. Que ella nos alcance la gracia de estar bien dispuestos para recibir al Niño-Dios en nuestras vidas. Muchas gracias y feliz domingo.

    [Traducción del original italiano por Inma Álvarez]


    Zenit
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.221
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 23/12/2008 02:58
    Benedicto XVI: Balance de 2008 con la Jornada de Sydney como eje



    Señores cardenales,

    venerados hermanos en el episcopado y en el presbiterado,

    queridos hermanos y hermanas:

    La Navidad del Señor está a las puertas. Cada familia siente el deseo de reunirse, para disfrutar la atmósfera única e irrepetible que esta fiesta es capaz de crear. También la familia de la Curia Romana se encuentra esta mañana, siguiendo una bella tradición, gracias a la cual tenemos la alegría de encontrarnos e intercambiarnos las felicitaciones navideñas en este particular clima espiritual. Dirijo a cada uno mi saludo cordial, lleno de reconocimiento por la apreciada colaboración prestada al sucesor de Pedro. Agradezco vivamente al cardenal decano Angelo Sodano, que se ha hecho intérprete de los sentimientos de todos los presentes, y también a cuantos están trabajando en los diversos despachos, incluyendo las representaciones pontificias. Me refería al principio a la atmósfera especial de la Navidad. Me gusta pensar que sea casi una prolongación de aquella misteriosa alegría, de aquella íntima exultación que invadió a la santa Familia, a los Ángeles y los Pastores de Belén, en la noche en que Jesús vio la luz. La definiría como "atmósfera de la gracia", pensando en la expresión de san Pablo en la Carta a Tito: "Apparuit gratia Dei Salvatoris nostri omnibus hominibus" (cfr Tt 2,11). El apóstol afirma que la gracia de Dios se manifestó "a todos los hombres": diría que en ello se manifiesta también la misión de la Iglesia y, en particular, la del sucesor de Pedro y de sus colaboradores, de contribuir a que la gracia de Dios, del Redentor, sea cada vez más visible a todos y lleve a todos la salvación.

    El año que está a punto de terminar ha sido rico en miradas retrospectivas a fechas importantes de la historia reciente de la Iglesia, pero rico también en acontecimientos, que traen consigo señales de orientación para nuestro camino hacia el futuro. Hace cincuenta años moría el papa Pío XII, hace 50 años era elegido papa Juan XXIII. Han pasado cuarenta años de la publicación de la Encíclica Humanae vitae y treinta años de la muerte de su autor, el Papa Paolo VI. El mensaje de estos acontecimientos ha sido recordado y meditado de muchas formas a lo largo del año, tanto que no quisiera detenerme nuevamente en ellos ahora. La mirada de la memoria, sin embargo, se ha dirigido aún más atrás de los acontecimientos del siglo pasado, y precisamente así nos ha dirigido hacia el futuro: la noche del 28 de junio, en presencia del patriarca ecuménico Bartolomé I de Constantinopla y de representantes de muchas otras Iglesias y comunidades eclesiales pudimos inaugurar en la Basílica de San Pablo Extramuros el Año Paulino, en recuerdo del nacimiento del apóstol de los gentiles hace dos mil años. Pablo no es para nosotros una figura del pasado. Mediante sus cartas, nos habla aún hoy. Y quien entra en diálogo con él, es empujado por el hacia el Cristo crucificado y resucitado. El Año Paulino es un año de peregrinación no sólo en el sentido de un camino exterior hacia los lugares paulinos, sino también, sobre todo. En una peregrinación del corazón, junto con Pablo, hacia Jesucristo. En definitiva, Pablo nos enseña también que la Iglesia es Cuerpo de Cristo, que la Cabeza y el Cuerpo son inseparables y que no puede haber amor a Cristo sin amor a su Iglesia y a su comunidad viviente.

    Surgen particularmente ante los ojos tres acontecimiento específicos del año que está por concluir. Ha estado ante todo la Jornada Mundial de la Juventud en Australia, una gran fiesta de la fe, que ha reunido a más de 200.000 jóvenes de todas partes el mundo y les ha acercado no sólo externamente --en sentido geográfico-- sino, con su contagiante alegría alegría de ser cristianos, también interiormente. Junto a ello hubo dos viajes, uno a los Estados Unidos y otro a Francia, en los que la Iglesia se ha hecho visible ante el mundo y para el mundo como una fuerza espiritual que indica caminos de vida y, mediante el testimonio de la fe, trae la luz al mundo. Fueron días que irradiaban luminosidad, irradiaban confianza en el valor de la vida y en el empeño por el bien. Por último, hay que recodar el Sínodo de los Obispos: pastores procedentes de todo el mundo se reunieron alrededor de la Palabra de Dios, que había sido alzada en medio de ellos; en torno a la palabra de Dios, cuya gran manifestación se encuentra en la Sagrada Escritura. Lo que en el día a día damos a menudo por descontado, lo hemos captado de nuevo en su sublimidad: el hecho de que Dios habla, de que Dios responde a nuestras preguntas. El hecho de que Él, aunque en palabras humanas, hable en persona y podamos escucharle y, en la escucha, aprender a conocerlo y a comprenderlo. El hecho de que Él entre en nuestra vida plasmándola y que nosotros podamos salir de nuestra vida y entrar en la inmensidad de su misericordia. Así nos hemos dado cuenta otra vez de que Dios en esta Palabra suya se dirige a cada uno de nosotros, habla al corazón de cada uno: si nuestro corazón se despierta y el oído interior se abre, entonces cada uno puede aprender a escuchar la palabra que se le dirige a propósito para él. Pero precisamente si escuchamos a Dios hablarnos de una forma tan personal a cada uno de nosotros, comprendemos también que su Palabra está presente para que nos acerquemos unos a otros, para que encontremos la forma de salir de lo que es sólo personal. Esta Palabra ha plasmado una historia común y quiere seguir haciéndolo. Entonces nos hemos vuelto a dar cuenta de que --precisamente porque la Palabra es tan personal-- podemos comprenderla de forma correcta y total sólo en el "nosotros" de la comunidad instituida por Dios: siendo siempre conscientes de que nunca podremos agotarla completamente, que ésta tiene algo nuevo que decir a cada generación. Hemos comprendido que los escritos bíblicos ciertamente fueron redactados en épocas determinadas y que constituyen en este sentido, ante todo, un libro procedente de un tiempo pasado. Pero hemos visto que su mensaje no permanece en el pasado ni puede ser encerrado en él: Dios, en el fondo, habla siempre al presente, y habremos escuchado la Biblia plenamente sólo cuando hayamos descubierto este "presente" de Dios que nos llama ahora.

    Finalmente era importante experimentar que en la Iglesia hay un Pentecostés también hoy; es decir, que ésta habla en muchas lenguas, y esto no sólo en el aspecto exterior de que estén representadas en ella todas las grandes lenguas del mundo, sino aún más en su aspecto más profundo: en ella están presentes las múltiples formas de experiencia de Dios y del mundo, la riqueza de las culturas, y sólo así aparece la amplitud de la existencia humana y, a partir de ella, la amplitud de la Palabra de Dios. Con todo, hemos también comprendido que el Pentecostés está todavía "en camino", está todavía incompleto: existe una multitud de lenguas que aún esperan la Palabra de Dios contenida en la Biblia. Eran conmovedores también los múltiples testimonios de fieles laicos de todas partes del mundo, que no sólo viven la Palabra de Dios sino que también sufren por ella. Una preciosa contribución fue también el discurso de un rabino sobre las Sagradas Escrituras de Israel, que son también nuestras Sagradas Escrituras. Un momento importante para el Sínodo, es más, para el camino de la Iglesia en su conjunto, fue cuando el patriarca Bartolomé, a la luz de la tradición ortodoxa, con análisis penetrante nos abrió un acceso a la Palabra de Dios. Esperemos ahora que las experiencias y los logros del Sínodo influyan eficazmente en la vida de la Iglesia: sobre la relación personal con las Sagradas Escrituras, sobre su interpretación en la Liturgia y en la catequesis, como también en la investigación científica, para que la Biblia no se quede en una palabra del pasado, sino que su vitalidad y actualidad sean leídas y reveladas en la amplitud de dimensiones de sus significados.

    Los viajes pastorales de este años han hecho referencia a la presencia de la Palabra de Dios, a Dios mismo en el actual momento de la historia: su verdadero sentido sólo puede ser el de servir a esta presencia. En estas ocasiones la Iglesia se hace perceptible públicamente, con ella la fe, y por ello, al menos, la pregunta sobre Dios. Esta manifestación en público de la fe llama en causa a todos aquellos que intentan entender el tiempo presente y las fuerzas que actúan en él. Especialmente el fenómeno de las Jornadas Mundiales de la Juventud se convierte cada vez más en un objeto de análisis, en el que se intenta entender esta especie, por así decirlo, de cultura juvenil. Australia nunca había visto tanta gente de todos los continentes como en la Jornada Mundial de la Juventud, ni siquiera durante las Olimpiadas. Y si precedentemente se había dado el temor de que la llegada en masa de los jóvenes pudiera provocar algún problema de orden público, paralizar el tráfico, obstaculizar la vida cotidiana, provocar violencia y dar espacio a la droga, todo ello se ha demostrado infundado. Ha sido una fiesta de la alegría: una alegría que al final ha contagiado incluso a los reacios: al final nadie se ha sentido molestado. Las jornadas se han convertido en una fiesta para todos, es más, sólo entonces se han dado verdaderamente cuenta de qué es una fiesta: un acontecimiento en el que todos están, por así decirlo, fuera de sí mismos, más allá de sí mismos, y así consigo mismos y con los demás. ¿Cuál es, por tanto, la naturaleza de lo que sucede en una Jornada Mundial de la Juventud? ¿Cuáles son las fuerzas que actúan en ella? Análisis en boga tienden a considerar estas jornadas como una variante de la cultura juvenil moderna, como una especie de festival rock modificado en sentido eclesial con el Papa como estrella. Con o sin fe, estos festivales serían en el fondo siempre lo mismo, y así se piensa poder obviar la pregunta sobre Dios. Hay también voces católicas que van en esta dirección, valorando todo esto como un gran espectáculo, incluso bonito, pero de poco significado para la pregunta sobre la fe y sobre la presencia del Evangelio en nuestro tiempo. Serían momentos de un éxtasis festivo, pero que a fin de cuentas dejaría todo como antes, sin influir de forma más profunda en la vida.

    Con todo, la peculiaridad de esas jornadas y el particular carácter de su alegría, de su fuerza creadoras de comunión, no encuentran explicación. Ante todo es importante tener en cuenta el hecho de que las Jornadas Mundiales de la Juventud no consisten sólo en esa única semana en la que se hacen visibles al mundo. Hay un largo camino exterior e interior que conduce a ella. La Cruz, acompañada por la imagen de la Madre del Señor, hace una peregrinación por los países. La fe, a su manera, tiene necesidad de ver y de tocar. El encuentro con la cruz, que es tocada y llevada, se convierte en un encuentro interior con Aquél que en la Cruz ha muerto por nosotros. El encuentro con la Cruz suscita en lo íntimo de los jóvenes la presencia de ese Dios que ha querido hacerse hombre y sufrir con nosotros. Y vemos a la mujer que Él nos ha dado como Madre. Las Jornadas solemnes son sólo la culminación de un largo camino, con el que se va al encuentro de unos con otros y juntos con Cristo. No es casualidad que en Australia el largo Via Crucis a través de la ciudad se convirtiera en el elemento culminante de esas jornadas. Resumía una vez más todo lo que había sucedido en los años precedentes e indicaba a Aquél que nos reúne a todos: ese Dios que ama hasta la Cruz. El Papa no es la estrella en torno a la cual gira todo. Él es totalmente y solamente vicario. Remite al Otro que está en medio de nosotros. Finalmente la liturgia solemne es el centro de todo, porque en ella sucede lo que nosotros no podemos realizar y de lo que, con todo, estamos siempre a la espera. Él está presente, Él entra en medio de nosotros. Se ha abierto el cielo y esto hace luminosa la tierra. Esto es lo que hace alegre y abierta la vida y lo que nos une con una alegría que no es comparable con un festival rock. Friedrich Nietzsche dijo en una ocasión: "la habilidad no está en organizar una fiesta, sino en traer a personas capaces de poner alegría". Según la Escritura, la alegría es fruto del Espíritu Santo (cfr Gal 5, 22): este fruto era perceptible abundantemente en los días de Sydney. Como un largo camino precede las Jornadas Mundiales de la Juventud, así también deriva de él también el camino sucesivo. Se forman amistades que animan a un estilo de vida distinto y lo sostienen desde dentro. Las grandes Jornadas tienen, no en último término, el objetivo de suscitar estas amistades y de hacer surgir así en el mundo lugares de vida en la fe, que son al mismo tiempo lugares de esperanza y de caridad vivida.

    La alegría, como fruto del Espíritu Santo. De este modo, hemos llegado al tema central de Sydney que era precisamente el Espíritu Santo. Desde esta perspectiva, quisiera mencionar a modo de síntesis la orientación implícita de este tema. Teniendo en cuenta el testimonio de la Escritura y de la Tradición, se pueden reconocer con facilidad cuatro dimensiones en el tema del "Espíritu Santo".

    1. Ante todo está la afirmación que nos presenta el inicio de la narración de la creación: en ella se habla del Espíritu creador que aletea por encima de las aguas, crea el mundo y lo renueva continuamente. La fe en el Espíritu creador es un contenido esencial del Credo cristiano. El hecho de que la materia lleva en sí una estructura matemática, está llena de espíritu, es el fundamento sobre el que se basan las modernas ciencias de la naturaleza. Sólo porque la materia está estructurada de manera inteligente, nuestro espíritu es capaz de comprenderla y de remodelarla activamente. El hecho de que esta estructura inteligente procede del mismo Espíritu creador que también nos ha donado el espíritu, implica al mismo tiempo una tarea y una responsabilidad. En la fe sobre la creación está el fundamento último de nuestra responsabilidad con la tierra. No es simplemente una propiedad nuestra, de la que nos podemos aprovechar según nuestros intereses y deseos. Es más bien don del Creador, quien ha diseñado los ordenamientos intrínsecos y de este modo nos ha dado señales de orientación que debemos respetar como administradores de su creación. El hecho de que la tierra, el cosmos, reflejen al Espíritu creador, significa también que sus estructuras racionales --que más allá del orden matemático, en el experimento, se hacen casi palpables-- llevan en sí una orientación ética. El Espíritu que las ha plasmado es más que matemática, es el Bien en persona que, a través del lenguaje de la creación, nos indica el camino hacia el recto camino.

    Dado que la fe en el Creador es una parte esencial del Credo cristiano, la Iglesia no puede y no debe limitarse a transmitir a sus fieles sólo el mensaje de la salvación. También tiene una responsabilidad con la creación y tiene que cumplir esta responsabilidad en público. Y, al hacerlo, no sólo tiene que defender la tierra, el agua, el aire, como dones de la creación que pertenecen a todos. Tiene que proteger también al hombre contra su propia destrucción. Es necesario que haya algo como una ecología del hombre, entendida en el sentido justo. Cuando la Iglesia habla de la naturaleza del ser humano como hombre y mujer y pide que se respete este orden de la creación no está exponiendo una metafísica superada Aquí se trata, de hecho, de la fe en el Creador y de la escucha del lenguaje de la creación, cuyo desprecio significaría una autodestrucción del hombre y, por tanto, una destrucción de la obra misma de Dios.

    Lo que con frecuencia se expresa y entiende con el término "gender", se sintetiza en definitiva en la autoemancipación del hombre de la creación y del Creador. El hombre quiere hacerse por su cuenta, y decidir siempre y exclusivamente sólo sobre lo que le afecta. Pero de este modo vive contra la verdad, vive contra el Espíritu creador. Los bosques tropicales merecen, ciertamente, nuestra protección, pero no menos la merece el hombre como criatura, en la que está inscrito un mensaje que no contradice a nuestra libertad, sino que es su condición. Grandes teólogos de la Escolástica han calificado el matrimonio, es decir, el lazo para toda la vida entre el hombre y la mujer, como sacramento de la creación, instituido por el Creador y que Cristo --sin modificar el mensaje de la creación-- acogió después en la historia de su alianza con los hombres. Forma parte del anuncio que debe ofrecer la Iglesia el testimonio a favor del Espíritu creador presente en la naturaleza en su conjunto y de manera especial en la naturaleza del hombre creado a imagen de Dios. A partir de esta perspectiva, habría que leer la encíclica Humanae vitae: la intención del Papa Pablo VI era la de defender el amor contra la sexualidad como consumo, el futuro contra la pretendida exclusiva del presente, y la naturaleza del hombre contra su manipulación.

    2. Permitidme una breve mención ulterior sobre las demás dimensiones de la pneumatología. Si el Espíritu creador se manifiesta ante todo en la grandeza silenciosa del universo, en su estructura inteligente, la fe, además de esto, nos dice algo inesperado: es decir, este Espíritu habla también, por así decir, con palabras humanas, ha entrado en la historia y, como fuerza que plasma la historia, es también un Espíritu que habla, es más, es Palabra que en los escritos del Antiguo y del Nuevo Testamento nos sale al encuentro. Lo que esto significa para nosotros lo ha expresado maravillosamente san Ambrosio, en una de sus cartas: "También ahora, mientras leo las divinas Escrituras, Dios pasea en el Paraíso" (Epístola 49, 3). También hoy nosotros, al leer la Escritura podemos como vagar por el jardín del Paraíso y encontrar a Dios que se pasea por allí: entre el tema de la Jornada Mundial de la Juventud en Australia y el tema del Sínodo de los Obispos se da una profunda relación interior. Los dos temas, "Espíritu Santo" y "Palabra de Dios" van juntos. Leyendo la Escritura aprendemos, si embargo, que Cristo y el Espíritu Santo son inseparables entre sí. Cuando Pablo afirma con una síntesis desconcertante: "El Señor es el Espíritu" (2 Corintios 3, 17), no sólo está mostrando, como telón de fondo, la unidad trinitaria entre el Hijo y el Espíritu Santo, sino también y sobre todo su unidad en la historia de la salvación: en la pasión y resurrección se arrancan los velos del sentido meramente literal y se hace visible la presencia del Dios que está hablando. Al leer la Escritura junto a Cristo aprendemos a escuchar en las palabras humanas la voz del Espíritu Santo y descubrimos la unidad de la Biblia.

    3. De este modo, hemos llegado a la tercera dimensión de la pneumatología, que consiste precisamente en el hecho de que Cristo y el Espíritu Santo no pueden separarse. Esto se muestra de la manera quizá más bella en la narración de san Juan sobre la primera aparición del Resucitado ante los discípulos: el Señor sopla sobre sus discípulos y de este modo les da el Espíritu Santo. El Espíritu Santo es el soplo de Cristo. Y como el soplo de Dios en la mañana de la creación había transformado el polvo del suelo en el hombre viviente, del mismo modo el soplo de Cristo nos acoge en la comunión ontológica con el Hijo, nos hace una nueva creación. Por este motivo, el Espíritu Santo nos hace decir junto con el Hijo: "¡Abbá, Padre!" (Cf. Juan 20, 22; Romanos 8, 15).

    4. De este modo, como cuarta dimensión, emerge espontáneamente la relación entre el Espíritu y la Iglesia. Pablo, en la Primera Carta a los Corintios 12 y en Romanos 12, presentó la Iglesia como Cuerpo de Cristo y como organismo del Espíritu Santo, en el que los dones del Espíritu Santo funden a los individuos en una unidad viviente. El Espíritu Santo es el Espíritu del Cuerpo de Cristo. En el conjunto de este Cuerpo encontramos nuestra tarea, vivimos los unos para los otros y los unos en dependencia de los otros, viviendo en profundidad de Aquél que vivió y sufrió por todos nosotros y que a través de su Espíritu nos atrae hacia sí en la unidad de todos los hijos de Dios. "¿Quieres tú también vivir del Espíritu de Cristo? Entonces debes estar en el Cuerpo de Cristo", dice Agustín en este sentido (Tr. in Jo. 26, 13).

    De este modo, con el tema del "Espíritu Santo", que orientaba las jornadas de Australia y, de manera algo más escondida, también las semanas del Sínodo, se hace visible toda la amplitud de la fe cristiana, una amplitud que de la responsabilidad por la creación y por la existencia del hombre en sintonía con la creación lleva, a través de los temas de la Escritura y de la historia de la salvación, hasta Cristo y de allí a la comunidad viviente de la Iglesia, en sus diferentes órdenes de responsabilidad, así como también en su amplitud y libertad, que se expresa tanto en la multiplicidad de los carismas como en la imagen pentecostal de la multitud de las lenguas y culturas.

    La fiesta es parte integrante de la alegría. La fiesta se puede organizar, la alegría no. Sólo puede ofrecerse como don; y, de hecho, se nos ha dado en abundancia: por eso nos sentimos agradecidos. Así como Pablo califica la alegría fruto del Espíritu Santo del mismo modo también Juan, en su Evangelio, ha unido íntimamente el Espíritu y la alegría. El Espíritu nos da la alegría. Y es la alegría. La alegría es el don en el que todos los demás dones están resumidos. Es la expresión de la felicidad, del estar en armonía consigo mismos, algo que sólo puede derivarse de estar en armonía con Dios y con su creación. Forma parte de la naturaleza de la alegría el irradiarse, tener que comunicarse. El espíritu misionero de la Iglesia no es más que el impulso por comunicar la alegría que se nos ha dado. Que siempre esté viva en nosotros y, después, que se irradie en el mundo en sus tribulaciones: este es mi auspicio para finales de este año. Junto con un sentido agradecimiento por todas vuestras fatigas y obras, os deseo a todos que esta alegría, que se deriva de Dios, se nos dé abundantemente también en el Año Nuevo.

    Confío estos deseos a la intercesión de la Virgen María, Mater divinae gratiae, pidiéndola poder vivir las festividades navideñas en la alegría y en la paz del Señor. Con estos sentimientos, os imparto de corazón a todos vosotros y a la gran familia de la Curia Romana la bendición apostólica.

    [Traducción del original italiano realizada por Inma Álvarez y Jesús Colina

    © Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.223
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 06/01/2009 23:44
    Benedicto XVI: Dios conquista "con la desarmante mansedumbre del amor"





    Queridos hermanos y hermanas:

    Celebramos hoy la solemnidad de la Epifanía, la "manifestación" del Señor. El Evangelio cuenta cómo Jesús vino al mundo con gran humildad y escondimiento. San Mateo, sin embargo, refiere el episodio de los Magos, que llegaron de oriente, guiados por una estrella, para rendir homenaje al recién nacido rey de los judíos. Cada vez que escuchamos esta narración, nos impresiona el claro contraste que se da entre la actitud de los Magos, por una parte, y la de Herodes y los judíos, por otra. El Evangelio dice que, al escuchar las palabras de los Magos, "el rey Herodes se sobresaltó y con él toda Jerusalén" (Mateo 2, 3). Una reacción que se puede comprender de diferentes maneras: Herodes se alarma porque ve en aquél a quien buscan los Magos a un competidor para él y para sus hijos. Los jefes y los habitantes de Jerusalén, por el contrario, parecen quedarse más bien atónitos, como si se despertaran de una cierto sopor y necesitaran reflexionar. Isaías, en realidad, había anunciado: "Una criatura nos ha nacido, un hijo se nos ha dado. Estará el señorío sobre su hombro, y se llamará su nombre 'Maravilla de Consejero', 'Dios Fuerte', 'Siempre Padre', 'Príncipe de Paz'" (Isaías 9,5).

    ¿Por qué se sobresalta entonces Jerusalén? Parece que el Evangelista quiere como anticipar la posición que después tomarán los sumos sacerdotes y el Sanedrín, así como parte del pueblo, ante Jesús durante su vida pública. Ciertamente, destaca el hecho de que el conocimiento de las Escrituras y de las profecías mesiánicas no lleva a todos a abrirse a Él y a su palabra. Esto recuerda que, antes de la pasión, Jesús lloró sobre Jerusalén, pues no había reconocido la hora en que había sido visitada (Cf. Lucas 19, 44). Tocamos aquí uno de los puntos cruciales de la teología de la historia: el drama del amor fiel de Dios en la persona de Jesús, que "vino a su casa, y los suyos no la recibieron" (Juan 1,11). A la luz de toda la Biblia, esta actitud de hostilidad o ambigüedad, o superficialidad representa la de todo hombre y la del "mundo" --en sentido espiritual--, cuando se cierra al misterio del verdadero Dios, que nos sale al encuentro con la desarmante mansedumbre del amor. Jesús, el "rey de los judíos"(Cf. Juan 18,37), es el Dios de la misericordia y de la fidelidad; quiere reinar con el amor y la verdad y nos pide que nos convirtamos, que abandonemos las obras malas y que recorramos con decisión el camino del bien.

    "Jerusalén", por tanto, en este sentido, somos todos nosotros. Que la Virgen María, que acogió con fe a Jesús, nos ayude a no cerrar nuestro corazón a su Evangelio de salvación. Dejémonos más bien conquistar y transformar por él, el "Emmanuel", Dios venido entre nosotros para darnos su paz y su amor.

    [Después de rezar el Ángelus, el Papa añadió:]

    Dirijo mis sentidas felicitaciones a los hermanas y hermanas de las Iglesias Orientales, que siguiendo el calendario juliano celebrarán mañana la santa Navidad. Que la memoria del nacimiento del Salvador encienda cada vez más en sus corazones la alegría de ser amados por Dios. El recuerdo de estos hermanos nuestros en la fe me lleva espiritualmente a Tierra Santa y Oriente Medio. Sigo con profunda preocupación los violentos enfrentamientos armados que tienen lugar en la Franja de Gaza. Mientras confirmo que el odio y el rechazo del diálogo no traen más que guerra, quisiera hoy alentar las iniciativas y los esfuerzos de quienes, amando la paz, están tratando de ayudar a israelíes y palestinos a sentarse alrededor de una mesa y hablar. ¡Que Dios apoye el compromiso de estos "constructores de paz"!

    La fiesta de la Epifanía, en muchos países, es también la fiesta de los niños. Pienso especialmente en todos los niños, que son la riqueza y la bendición del mundo, y sobre todo en aquellos a los que se les niega una infancia serena. Deseo llamar la atención, en particular, sobre la situación de decenas de niños y muchachos que, en estos últimos meses, incluido el período navideño, en la provincia oriental de la República Democrática del Congo, han sido secuestrados por bandas armadas que han atacado las aldeas y causado numerosas víctimas y heridos. Hago un llamamiento a los autores de estas brutalidades inhumanas para que devuelvan estos muchachos a sus familias y a su futuro de seguridad y desarrollo al que tienen derecho, junto a esas queridas poblaciones. Manifiesto al mismo tiempo mi cercanía espiritual a las Iglesias locales, también golpeadas tanto en sus hijos como en sus obras, mientras exhorto a los pastores y fieles a permanecer fuertes y firmes en la esperanza.

    Los episodios de violencia contra los muchachos, que por desgracia se registran también en otras partes de la Tierra, son todavía más deplorables si se considera que en 2009 se celebra el vigésimo aniversario de la Convención de los Derechos del Niño: un compromiso que la comunidad internacional está llamada a renovar para defender y promover a la infancia de todo el mundo. Que el Señor ayude a quienes trabajan diariamente al servicio de las nuevas generaciones --¡y son innumerables!--, ayudándoles a ser protagonistas de su futuro. Además, la Jornada de la Infancia Misionera, que se celebra en la fiesta de la Epifanía, es una ocasión oportuna para subrayar que los niños y los muchachos pueden desempeñar un papel importante en la difusión del Evangelio y en las obras de solidaridad con los de su misma edad más necesitados. ¡Que el Señor se lo recompense!

    [A continuación, el Papa saludó a los peregrinos en varios idiomas. En español, dijo:]

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española. En esta solemnidad de la Epifanía contemplamos a Cristo que se manifiesta como único Señor y Salvador de todos los pueblos. Al igual que los Magos de Oriente, también nosotros queremos venir a adorar al Niño Jesús recién nacido y ofrecerle nuestra vida como ofrenda de amor y de fe. Que Dios os bendiga en este día de Fiesta.

    [Traducción del original italiano realizada por Jesús Colina

    © Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.225
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 18/01/2009 23:39
    Benedicto XVI en la Jornada Mundial del Emigrante y Refugiado




    Tiene lugar hoy la Jornada Mundial del Emigrante y Refugiado. Dado que este año se celebra el Año Paulino, pensando precisamente en san Pablo, como gran misionero itinerante del Evangelio, he escogido como tema "San Pablo migrante, Apóstol de los pueblos". Saulo, este era su nombre hebreo, nació en una familia de judíos emigrados a Tarso, importante ciudad de Cilicia, y creció con una triple cultura --judía, helenista y romana-- y con una mentalidad cosmopolita. Cuando se convirtió de perseguidor de los cristianos en apóstol del Evangelio, Pablo pasó a ser "embajador" de Cristo resucitado para darlo a conocer a todos, con la convicción de que en Él todos los pueblos están llamados a formar la gran familia de los hijos de Dios.





    Esta es también la misión de la Iglesia, más que nunca en nuestro tiempo de globalización. Como cristianos, no podemos dejar de experimentar la necesidad de transmitir el mensaje de amor de Jesús especialmente a quienes no lo conocen, o se encuentran en situaciones difíciles y dolorosas. Hoy pienso particularmente en los emigrantes. Su realidad es sin duda muy variada: en algunos casos, gracias a Dios, es serena y bien integrada; otras veces, por desgracia, es penosa, difícil y en ocasiones incluso dramática. Quisiera asegurar que la comunidad cristiana dirige su atención a toda persona y a toda familia y pide a san Pablo la fuerza de un nuevo empuje para favorecer, en todas las partes del mundo, la convivencia pacífica entre hombres y mujeres de etnias, culturas y religiones diferentes.

    El apóstol nos dice cuál fue el secreto de su nueva vida: "Yo también --escribe-- fue conquistado por Jesucristo" (Filipenses 3, 12); y añade: "sed imitadores míos" (Filipenses 3, 17). Sí, cada uno de nosotros, según su propia vocación y allí donde vive y trabaja, está llamado a testimoniar el Evangelio, con una atención más grande por esos hermanos y hermanas que han venido de otros países, por diferentes motivos, a vivir entre nosotros, valorando así el fenómeno de las migraciones como ocasión de encuentro entre civilizaciones. Recemos y actuemos para que esto suceda siempre de manera pacífica y constructiva, en el respeto y en el diálogo, previniendo toda tentación de conflicto y abuso.

    Deseo añadir unas palabras dirigidas en especial a los marinos y pescadores, que viven desde hace tiempo mayores problemas. Además de las habituales dificultades, sufren restricciones para atracar en tierra y acoger abordo a los capellanes; afrontan también los riesgos de la piratería y los daños de la pesca ilegal. Les expreso mi cercanía y el deseo de que su generosidad, en sus acciones de auxilio en el mar, sea recompensada con una mayor consideración.

    Pienso, por último, en el Encuentro Mundial de las Familias, que se concluirá en la Ciudad de México, y en la Semana de Oración por la Unidad de los Cristianos que comienza precisamente hoy. Queridos hermanos y hermanas: os invito a rezar por todas estas intenciones, invocando la intercesión maternal de la Virgen María.

    [Tras rezar el Ángelus, añadió:]

    Sigo con profunda preocupación el conflicto en la franja de Gaza. Encomendemos también hoy al Señor a los centenares de niños, ancianos, mujeres, caídos víctimas inocentes de la inaudita violencia, a los heridos, a quienes lloran a sus seres queridos y a quienes han perdido sus bienes.

    Os invito, al mismo tiempo, a acompañar con la oración los esfuerzos que numerosas personas de buena voluntad están realizando para detener la tragedia. Espero profundamente que se sepan aprovechar, con sabiduría, las primeras aperturas de tregua y encaminarse hacia soluciones pacíficas y duraderas.

    En este sentido, renuevo mi aliento a quienes, por una y otra parte, creen que en Tierra Santa hay espacio para todos, para que ayuden a su gente a volver a levantarse de los escombros y el terror y retomar valientemente el camino del diálogo en la justicia y la verdad. ¡Este es el único camino que puede abrir efectivamente un porvenir de paz para los hijos de esa querida región!

    Comienza hoy la Semana de Oración por la Unidad de los Cristianos, que se concluirá el próximo domingo, 25 de enero. En el hemisferio sur, siguiendo el novenario convocado por el Papa León XIII a finales del siglo XIX, la oración por la unidad de los cristianos celebrará entre la Ascensión y Pentecostés. El tema bíblico, por el contrario, es común a todos. Este año ha sido sugerido por un grupo ecuménico de Corea y está tomado del libro del profeta Ezequiel: "Estarán unidas en tu mano" (37, 17). Acojamos también nosotros esta invitación y recemos con mayor intensidad para que los cristianos caminen decididamente hacia la plena comunión entre sí. Me dirijo particularmente a los católicos esparcidos por el mundo para que, unidos en la oración, no se cansen de trabajar para superar los obstáculos que todavía impiden la plena comunión entre todos los discípulos de Cristo. El compromiso ecuménico es todavía más urgente hoy para dar a nuestra sociedad, marcada por trágicos conflictos y por lacerantes divisiones, un signo y un impulso hacia la reconciliación y la paz. Concluiremos esta Semana de Oración en la Basílica Papal de San Pablo Extramuros, con la celebración de las Vísperas, domingo próximo, memoria de la Conversión de San Pablo, quien hizo de la unidad del cuerpo de Cristo un núcleo esencial de su predicación.

    La diócesis de Roma celebra hoy la Jornada Diocesana de la Escuela Católica. Saludo a los responsables, a los dirigentes, a los profesores, a los padres y a los alumnos que se han reunido aquí. Queridos amigos, el servicio educativo de la escuela católica es hoy más precioso que nunca, pues los niños, los muchachos, los jóvenes, tienen necesidad de un educación válida, dentro de una visión coherente del hombre y de la vida. Con la oración estoy junto a los que estudian en las escuelas católicas de Roma, y les aliento a comprometerse siempre para formar comunidades educativas ricas de valores humanos y cristianos.

    [A continuación, el Papa habló en varios idiomas, en español dijo:]

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española presentes en esta oración mariana. Al comenzar la Semana de Oración por la Unidad de los Cristianos, os invito a pedir insistentemente a Dios que conceda a los discípulos de su Hijo llegar al ansiado día en que todos puedan congregarse en torno a un único altar para participar del Pan de Vida y del Cáliz de salvación, formando en Cristo un solo cuerpo y un solo espíritu. Encomendamos esta hermosa intención a la gloriosa intercesión de la Santísima Virgen María, Madre de la Iglesia. Feliz domingo.

    [Hablando nuevamente en italiano, concluyó: ]

    Dirijo un cordial saludo a los representantes de las comunidades católicas migrantes presentes en Roma. Queridos amigos, os repito las palabras del apóstol Pablo: en la Iglesia no sois extranjeros ni huéspedes, formáis parte de la familia de Dios. Aprended a integraros en la comunidad eclesial y civil, con la riqueza de vuestra fe y de vuestras tradiciones.

    [Traducción del original italiano realizada por Jesús Colina

    © Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.228
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 21/01/2009 00:45
    El Papa pide a Barack Obama que “promueva la paz entre las naciones”



    Publicado el contenido del telegrama enviado por la Santa Sede al nuevo presidente




    CIUDAD DEL VATICANO, martes 20 de enero de 2009 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI ha enviado un telegrama al nuevo y cuadragésimo cuarto presidente de los Estados Unidos, Barack Obama, en el que le pide que promueva la paz entre las naciones.

    El texto original inglés del telegrama ha sido hecho público hoy por la Santa Sede, y está firmado personalmente por el Papa.

    En él, el pontífice pide a Obama que "confirme su resolución de promover la comprensión, la cooperación y la paz entre las naciones, para que todos puedan participar en el banquete de la vida que Dios ha preparado para toda la familia humana".

    Subrayó el papel que el nuevo presidente puede llevar a cabo a nivel mundial, "en una época en la que muchos hermanos y hermanas nuestros en todo el mundo claman por su liberación del flagelo de la pobreza, el hambre y la violencia".

    Asimismo el Papa pide al nuevo premier que promueva "el respeto a la dignidad, la igualdad y los derechos de cada uno de sus miembros, especialmente los pobres, los marginados y los que no tienen voz".

    "Que bajo su mandato puedan los americanos seguir encontrando en su impresionante herencia religiosa y política los valores espirituales y principios éticos para cooperar en la construcción de una sociedad realmente libre y justa".

    El Papa termina su mensaje invocando "las bendiciones de Dios sobre usted, su familia y sobre todo el pueblo americano".

    "Le ofrezco mis más cordiales buenos deseos, y le aseguro al mismo tiempo mis oraciones para que el Dios Todopoderoso le conceda sabiduría y fuerza indefectibles en el ejercicio de sus altas responsabilidades", añade.




    © Innovative Media, Inc.
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.231
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 22/01/2009 21:29
    ´

    Audiencia general: apelando a la responsabilidad de los creyentes en la Semana de Oración para la Unidad de los Cristianos, el Papa pide “hacer visible al mundo el don de la unidad, que hace creíble nuestra fe”




    "Nuestra responsabilidad de creyentes, es la de “hacer visible al mundo el don de la unidad, que hace creíble nuestra fe”. Así lo ha afirmado Benedicto XVI en su catequesis de Benedicto, durante la Audiencia General, hoy dedicada a la Semana de Oración por la Unidad de los cristianos. Además recordando el VI encuentro Mundial de las Familias clausurado el domingo en México, el Papa ha pedido oraciones para que el Señor sostenga a todas las familias.

    “Nuestra responsabilidad de creyentes, en camino hacia aquella “plena unidad” que es “la vida y la misión misma de la Iglesia en el mundo”, es la de “hacer visible al mundo el don de la unidad, que hace creíble nuestra fe”. Lo ha afirmado esta mañana Benedicto XVI en el curso de la Audiencia General en el Aula Pablo VI cuya catequesis ha dedicado el Papa a la Semana de Oración por la Unidad de los cristianos, que concluirá el próximo domingo 25 de enero, fiesta de la Conversión de San Pablo.

    Radio Vaticano

    “La unidad es ante todo un don del Señor”, ha recordado el Papa, según el cual, “sólo saliendo de nosotros mismos y yendo hacia Cristo, sólo en la relación con Él, podremos estar realmente unidos”. El Santo Padre ha exhortado a los fieles a “trabajar y hacer todo lo posible para que se cumpla la unidad entre todos los discípulos de Cristo, para que nuestra mano sea instrumento de la mano unificadora de Dios”.

    El futuro del movimiento ecuménico hacia la meta de la plena unidad requiere para el Pontífice “paciencia y perseverancia”. “La razón del movimiento de la unidad es la fidelidad a la vocación de Dios”, ha explicado el Papa, que ha recordado las enseñanzas del Concilio: “No hay verdadero ecumenismo sin conversión interior, porque el deseo de la unidad nace y madura en nosotros mismos en el pleno ejercicio de la caridad”.

    El otro gran tema durante la Audiencia General de hoy ha sido el de la familia. ''Que el Señor sostenga a todas las familias, para que en ellas reine la fe viva, el respeto recíproco, el amor sincero y la mutua comprensión”. Ha afirmado Benedicto XVI saludando a los fieles llegados de América Latina, recordando que en Ciudad de México se clausuraba el domingo el VI encuentro Mundial de las Familias bajo el tema: “La familia formadora en los valores humanos y cristianos”.

    Tras destacar la importancia del "núcleo familiar como base de de la sociedad", el Pontífice ha encomendado las familias a la protección de la Sagrada Familia de Nazaret. Asimismo, ha exhortado a los fieles católicos a acompañar con la oración los preparativos del VII encuentro de las familias, que se celebrará en 2012 en Milán con el tema: “La familia, el trabajo y la fiesta”.

    Los Encuentros Mundiales de la Familia, que tienen como objetivo reforzar la institución familiar y sus lazos en los cinco continentes, comenzaron en 1994 en Roma, coincidiendo con el Año Internacional de la Familia declarado por la ONU, el tema fue: “La familia corazón de la Iglesia y de la humanidad”. El segundo se celebró en Río de Janeiro, en 1997, sobre “La familia, don y compromiso, esperanza para la humanidad”; el tercero en el 2000 tuvo lugar de nuevo en Roma con motivo del Jubileo y se profundizó en “Los hijos, primavera de la familia y de la sociedad”; En 2003, se llevó a cabo en Manila el cuarto, con el tema: “La familia cristina, una buena noticia para el tercer milenio”. Y el quinto, en el 2006, en Valencia para analizar “La transmisión de la fe en la familia”.

    Juan Pablo II asistió a los tres primeros. A Manila no pudo ir por su delicado estado de salud. Benedicto XVI, acudió al de Valencia, aunque no al de Ciudad de México, aunque indicó que a pesar de no haber podido acudir en persona, ha seguido de cerca el encuentro y ha participado, sobre todo, rezando.

    Este ha sido el resumen que de su catequesis ha hecho el Santo Padre en español para los peregrinos de nuestra lengua presentes en el Aula Pablo VI:

    Queridos hermanos y hermanas:
    El domingo pasado comenzó la semana de oración por la unidad de los cristianos, iniciativa espiritual que este año se inspira en las palabras de Ezequiel: “Que sean una sola cosa en tu mano” (37,17). El tema ha sido elegido por un grupo ecuménico de Corea. Del texto del profeta se desprende que el Señor desea que todo su pueblo camine con paciencia y perseverancia hacia la plena comunión. Este compromiso comporta una adhesión humilde a Dios, el cual bendice y hace fecunda esta tarea. No hay ecumenismo verdadero sin una auténtica conversión interior. Que estos días de plegaria nos estimulen hacia esta meta y sirvan también para dar gracias a Dios por el camino que se ha recorrido hasta ahora, continuando el diálogo bajo el impulso de la verdad y la caridad. En este año paulino, sigamos las huellas del Apóstol, que gastó su vida por el único Señor y por la unidad de su cuerpo místico, dando, con su martirio, un testimonio supremo de fidelidad y amor a Cristo.


    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española, en particular a los grupos venidos de España y Latinoamérica. Después de la celebración en México del VI Encuentro Mundial de las Familias, os invito a dar gracias a Dios por este acontecimiento tan importante y a acompañar con vuestra ferviente oración los preparativos del próximo encuentro, que se celebrará en Milán. Que el Señor sostenga con su gracia a todas las familias, para que en ellas reine la fe viva, el respeto recíproco, el amor sincero y la comprensión mutua. Encomiendo esta intención a la protección de la Sagrada Familia de Nazaret. Muchas gracias.

    Como siempre el Papa, antes de finalizar la audiencia, ha saludado a los jóvenes a los enfermos y a los recién casados. Celebramos hoy la memoria litúrgica de santa Inés, virgen y mártir, que a pesar de su juventud afrontó con valentía la muerte por amor del Señor teniendo en ella “los mismos sentimientos de Jesucristo”, el Cordero inmolado y vencedor. Queridos jóvenes, queridos enfermos y queridos recién casados, por intercesión de santa Inés que vosotros viváis vuestra vocación y las concretas condiciones en las que os encontréis como auténticos caminos de santidad.

    [Modificato da @Nessuna@ 22/01/2009 21:31]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.245
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 16/03/2009 04:55

    Benedicto XVI: “Quiero abrazar al entero continente africano”





    Queridos hermanos y hermanas

    Desde el martes 17 al lunes 23 de marzo llevaré a cabo mi primer viaje Apostólico a África. Me dirigiré a Camerún, a la capital Yaoundé, para entregar el “Instrumento de Trabajo” de la Segunda Asamblea Especial para África del Sínodo de los Obispos, que tendrá lugar en octubre aquí en el Vaticano; proseguiré después a Luanda, capital de Angola, un país que, tras una larga guerra interna, ha reencontrado la paz y ahora está llamado a reconstruirse en la justicia. Con esta visita, pretendo abrazar el entero continente africano: sus mil diferencias y su profunda alma religiosa; sus antiguas culturas y su fatigoso camino de desarrollo y de reconciliación; sus graves problemas, sus dolorosas heridas y sus enormes potencialidades y esperanzas. Quiero confirmar en la fe a los católicos, animar a los cristianos en el empeño ecuménico, llevar a todos el anuncio de paz confiado a la Iglesia por el Señor resucitado.

    Mientras me preparo para este viaje misionero, me resuenan en el alma las palabras del apóstol Pablo que la liturgia propone a nuestra meditación hoy, tercer domingo de Cuaresma: “nosotros predicamos a un Cristo crucificado: escándalo para los judíos, necedad para los gentiles; mas para los llamados, lo mismo judíos que griegos, un Cristo, fuerza de Dios y sabiduría de Dios” (1 Cor 1,23-24). Sí, queridos hermanos y hermanas. Parto hacia África con la conciencia de no tener otra cosa que proponer y entregar a cuantos encuentre si no es Cristo y la Buena Noticia de su Cruz, misterio de amor supremo, de amor divino que vence toda resistencia humana y que hace posible incluso el perdón y el amor a los enemigos. Esta es la gracia del Evangelio capaz de transformar el mundo; esta es la gracia que puede renovar también a África, porque genera una fuerza irresistible de paz y de reconciliación profunda y radical. La Iglesia no persigue por tanto objetivos económicos, sociales y políticos; la Iglesia anuncia a Cristo, convencida de que el Evangelio puede tocar los corazones de todos y transformarlos, renovando de esta forma desde dentro las personas y la sociedad.

    El 19 de marzo, precisamente durante la visita pastoral a África, celebraremos la solemnidad de san José, patrón de la Iglesia universal, y también mío personal. San José, advertido en sueños por un ángel, tuvo que huir con María a Egipto, a África, para poner a salvo a Jesús recién nacido, a quien el rey Herodes quería matar. Se cumplen así las Escrituras: Jesús ha copiado las huellas de los antiguos patriarcas y, como el pueblo de Israel, ha vuelto a entrar en la Tierra prometida tras haber estado en el exilio en Egipto. A la intercesión celeste de este gran santo confío la próxima peregrinación y las poblaciones del África entera, con los desafíos que la marcan y las esperanzas que la animan. En particular, pienso en las víctimas del hambre, de las enfermedades, de las injusticias, de los conflictos fratricidas y de toda forma de violencia que por desgracia sigue afectando a adultos y niños, sin ahorrar a misioneros, sacerdotes, religiosos, religiosas y voluntarios. Hermanos y hermanas, acompañadme en este viaje con vuestra oración invocando a María, Madre y Reina de África.

    [Después del Ángelus, el Papa dijo]

    Se concluye esta mañana en la Basílica de San Pablo Extramuros el Jubileo paulino de los universitarios, promovido por la Congregación para la Educación Católica y por el Consejo Pontificio de la Cultura y organizado por el Vicariato de Roma, sobre el tema “Lo que adoráis sin conocerlo, yo os lo anuncio. Evangelio y cultura para un nuevo humanismo”. Estoy muy contento por la presencia en Roma de ilustres profesores y delegados de pastoral universitaria, procedentes de todos los continentes. Este acontecimiento constituye una etapa importante en el diálogo siempre vivo entre la Iglesia y la universidad. Auguro que en todas las Iglesias particulares se desarrolle la pastoral universitaria, para la formación de los jóvenes y para la elaboración de una cultura inspirada en el Evangelio. Queridos universitarios, os animo y os acompaño con la oración.

    [En español dijo]

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española que participan en esta plegaria mariana. Encomiendo a vuestras oraciones la visita que haré los próximos días a Camerún y Angola, abrazando con el corazón a toda África, para alentar en ese querido Continente el anuncio del Evangelio de Cristo, fuerza de Dios y sabiduría de Dios, como nos recuerda hoy San Pablo.

    [Traducción del italiano por Inma Álvarez]

    zenit

  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.254
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 09/04/2009 02:19
    Homilía del Papa en el Domingo de Ramos


    “Quien busque su vida, la perderá”




    Queridos hermanos y hermanas,





    Queridos jóvenes:





    Junto con una creciente muchedumbre de peregrinos, Jesús había subido a Jerusalén para la Pascua. En la última etapa del camino, cerca de Jericó, había curado al ciego Bartimeo, que lo había invocado como Hijo de David y suplicado piedad. Ahora que ya podía ver, se había sumado con gratitud al grupo de los peregrinos. Cuando a las puertas de Jerusalén Jesús montó en un borrico, que simbolizaba el reinado de David, entre los peregrinos explotó espontáneamente la alegre certeza: Es él, el Hijo de David. Y saludan a Jesús con la aclamación mesiánica: "¡Bendito el que viene en nombre del Señor!"; y añaden: "¡Bendito el reino que llega, el de nuestro padre David! ¡Hosanna en el cielo!", (Mc 11,9s). No sabemos cómo se imaginaban exactamente los peregrinos entusiastas el reino de David que llega. Pero nosotros, ¿hemos entendido realmente el mensaje de Jesús, Hijo de David? ¿Hemos entendido lo que es el Reino del que habló al ser interrogado por Pilato? ¿Comprendemos lo que quiere decir que su Reino no es de este mundo? ¿O acaso quisiéramos más bien que fuera de este mundo?

    San Juan, en su Evangelio, después de narrar la entrada en Jerusalén, añade una serie de dichos de Jesús, en los que Él explica lo esencial de este nuevo género de reino. A simple vista podemos distinguir en estos textos tres imágenes diversas del reino en las que, aunque de modo diferente, se refleja el mismo misterio. Ante todo, Juan relata que, entre los peregrinos que querían "adorar a Dios" durante la fiesta, había también algunos griegos (cf. 12,20). Fijémonos en que el verdadero objetivo de estos peregrinos era adorar a Dios. Esto concuerda perfectamente con lo que Jesús dice en la purificación del Templo: "Mi casa será llamada casa de oración para todos los pueblos" (Mc 11,17). La verdadera meta de la peregrinación ha de ser encontrar a Dios, adorarlo, y así poner en el justo orden la relación de fondo de nuestra vida. Los griegos están en busca de Dios, con su vida están en camino hacia Dios. Ahora, mediante dos Apóstoles de lengua griega, Felipe y Andrés, hacen llegar al Señor esta petición: "Quisiéramos ver a Jesús" (Jn 12,21). Son palabras mayores. Queridos amigos, por eso nos hemos reunido aquí: Queremos ver a Jesús. Para eso han ido a Sydney el año pasado miles de jóvenes. Ciertamente, habrán puesto muchas ilusiones en esta peregrinación. Pero el objetivo esencial era éste: Queremos ver a Jesús.

    ¿Qué dijo, qué hizo Jesús en aquel momento ante esta petición? En el Evangelio no aparece claramente que hubiera un encuentro entre aquellos griegos y Jesús. La vista de Jesús va mucho más allá. El núcleo de su respuesta a la solicitud de aquellas personas es: "Si el grano de trigo no cae en tierra y muere, queda infecundo; pero si muere, da mucho fruto" (Jn 12,24). Y esto quiere decir: ahora no tiene importancia un coloquio más o menos breve con algunas personas, que después vuelven a casa. Vendré al encuentro del mundo de los griegos como grano de trigo muerto y resucitado, de manera totalmente nueva y por encima de los límites del momento. Por su resurrección, Jesús supera los límites del espacio y del tiempo. Como Resucitado, recorre la inmensidad del mundo y de la historia. Sí, como Resucitado, va a los griegos y habla con ellos, se les manifiesta, de modo que ellos, los lejanos, se convierten en cercanos y, precisamente en su lengua, en su cultura, la palabra de Jesús irá avanzando y será entendida de un modo nuevo: así viene su Reino. Por tanto, podemos reconocer dos características esenciales de este Reino. La primera es que este Reino pasa por la cruz. Puesto que Jesús se entrega totalmente, como Resucitado puede pertenecer a todos y hacerse presente a todos. En la sagrada Eucaristía recibimos el fruto del grano de trigo que muere, la multiplicación de los panes que continúa hasta el fin del mundo y en todos los tiempos. La segunda característica dice: su Reino es universal. Se cumple la antigua esperanza de Israel: esta realeza de David ya no conoce fronteras. Se extiende "de mar a mar", como dice el profeta Zacarías (9,10), es decir, abarca todo el mundo. Pero esto es posible sólo porque no es la soberanía de un poder político, sino que se basa únicamente en la libre adhesión del amor; un amor que responde al amor de Jesucristo, que se ha entregado por todos. Pienso que siempre hemos de aprender de nuevo ambas cosas. Ante todo, la universalidad, la catolicidad. Ésta significa que nadie puede considerarse a sí mismo, a su cultura a su tiempo y su mundo como absoluto. Y eso requiere que todos nos acojamos recíprocamente, renunciando a algo nuestro. La universalidad incluye el misterio de la cruz, la superación de sí mismos, la obediencia a la palabra de Jesucristo, que es común, en la común Iglesia. La universalidad es siempre una superación de sí mismos, renunciar a algo personal. La universalidad y la cruz van juntas. Sólo así se crea la paz.

    La palabra sobre el grano de trigo que muere sigue formando parte de la respuesta de Jesús a los griegos, es su respuesta. Pero, a continuación, Él formula una vez más la ley fundamental de la existencia humana: "El que se ama a sí mismo, se pierde, y el que se aborrece a sí mismo en este mundo, se guardará para la vida eterna" (Jn 12,25). Es decir, quien quiere tener su vida para sí, vivir sólo para él mismo, tener todo en puño y explotar todas sus posibilidades, éste es precisamente quien pierde la vida. Ésta se vuelve tediosa y vacía. Solamente en el abandono de sí mismo, en la entrega desinteresada del yo en favor del tú, en el "sí" a la vida más grande, la vida de Dios, nuestra vida se ensancha y engrandece. Así, este principio fundamental que el Señor establece es, en último término, simplemente idéntico al principio del amor. En efecto, el amor significa dejarse a sí mismo, entregarse, no querer poseerse a sí mismo, sino liberarse de sí: no replegarse sobre sí mismo - ¡qué será de mí! - sino mirar adelante, hacia el otro, hacia Dios y hacia los hombres que Él pone a mi lado. Y este principio del amor, que define el camino del hombre, es una vez más idéntico al misterio de la cruz, al misterio de muerte y resurrección que encontramos en Cristo. Queridos amigos, tal vez sea relativamente fácil aceptar esto como gran visión fundamental de la vida. Pero, en la realidad concreta, no se trata simplemente de reconocer un principio, sino de vivir su verdad, la verdad de la cruz y la resurrección. Y por ello, una vez más, no basta una única gran decisión. Indudablemente, es importante, esencial, lanzarse a la gran decisión fundamental, al gran "sí" que el Señor nos pide en un determinado momento de nuestra vida. Pero el gran "sí" del momento decisivo en nuestra vida - el "sí" a la verdad que el Señor nos pone delante - ha de ser después reconquistado cotidianamente en las situaciones de todos los días en las que, una y otra vez, hemos de abandonar nuestro yo, ponernos a disposición, aun cuando en el fondo quisiéramos más bien aferrarnos a nuestro yo. También el sacrificio, la renuncia, son parte de una vida recta. Quien promete una vida sin este continuo y renovado don de sí mismo, engaña a la gente. Sin sacrificio, no existe una vida lograda. Si echo una mirada retrospectiva sobre mi vida personal, tengo que decir que precisamente los momentos en que he dicho "sí" a una renuncia han sido los momentos grandes e importantes de mi vida.

    Finalmente, san Juan ha recogido también en su relato de los dichos del Señor para el "Domingo de Ramos" una forma modificada de la oración de Jesús en el Huerto de los Olivos. Ante todo una afirmación: "Mi alma está agitada" (12,27). Aquí aparece el pavor de Jesús, ampliamente descrito por los otros tres evangelistas: su terror ante el poder de la muerte, ante todo el abismo de mal que ve, y al cual debe bajar. El Señor sufre nuestras angustias junto con nosotros, nos acompaña a través de la última angustia hasta la luz. En Juan, siguen después dos súplicas de Jesús. La primera formulada sólo de manera condicional: "¿Qué diré? Padre, líbrame de esta hora" (12,27). Como ser humano, también Jesús se siente impulsado a rogar que se le libre del terror de la pasión. También nosotros podemos orar de este modo. También nosotros podemos lamentarnos ante el Señor, como Job, presentarle todas las nuestras peticiones que surgen en nosotros frente a la injusticia en el mundo y las trabas de nuestro propio yo. Ante Él, no hemos de refugiarnos en frases piadosas, en un mundo ficticio. Orar siempre significa luchar también con Dios y, como Jacob, podemos decirle: "no te soltaré hasta que me bendigas" (Gn 32,27). Pero luego viene la segunda petición de Jesús: "Glorifica tu nombre" (Jn 12,28). En los sinópticos, este ruego se expresa así: "No se haga mi voluntad, sino la tuya" (Lc 22,42). Al final, la gloria de Dios, su señoría, su voluntad, es siempre más importante y más verdadera que mi pensamiento y mi voluntad. Y esto es lo esencial en nuestra oración y en nuestra vida: aprender este orden justo de la realidad, aceptarlo íntimamente; confiar en Dios y creer que Él está haciendo lo que es justo; que su voluntad es la verdad y el amor; que mi vida se hace buena si aprendo a ajustarme a este orden. Vida, muerte y resurrección de Jesús, son para nosotros la garantía de que verdaderamente podemos fiarnos de Dios. De este modo se realiza su Reino.

    Queridos amigos. Al término de esta liturgia, los jóvenes de Australia entregarán la Cruz de la Jornada Mundial de la Juventud a sus coetáneos de España. La Cruz está en camino de una a otra parte del mundo, de mar a mar. Y nosotros la acompañamos. Avancemos con ella por su camino y así encontraremos nuestro camino. Cuando tocamos la Cruz, más aún, cuando la llevamos, tocamos el misterio de Dios, el misterio de Jesucristo: el misterio de que Dios ha tanto amado al mundo, a nosotros, que entregó a su Hijo único por nosotros (cf. Jn 3,16). Toquemos el misterio maravilloso del amor de Dios, la única verdad realmente redentora. Pero hagamos nuestra también la ley fundamental, la norma constitutiva de nuestra vida, es decir, el hecho que sin el "sí" a la Cruz, sin caminar día tras día en comunión con Cristo, no se puede lograr la vida. Cuanto más renunciemos a algo por amor de la gran verdad y el gran amor - por amor de la verdad y el amor de Dios -, tanto más grande y rica se hace la vida. Quien quiere guardar su vida para sí mismo, la pierde. Quien da su vida - cotidianamente, en los pequeños gestos que forman parte de la gran decisión -, la encuentra. Esta es la verdad exigente, pero también profundamente bella y liberadora, en la que queremos entrar paso a paso durante el camino de la Cruz por los continentes. Que el Señor bendiga este camino. Amén.

    [© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]
  • OFFLINE
    @Nessuna@
    Post: 10.255
    Registrato il: 09/08/2005
    Utente Gold
    00 09/04/2009 02:25
    Benedicto XVI: La Pascua, fiesta del amor redentor de Dios


    CIUDAD DEL VATICANO, miércoles, 8 abril 2009 (ZENIT.org).- Ofrecemos a continuación el texto completo de la catequesis que Benedicto XVI pronunció este miércoles ante los peregrinos congregados en la Plaza de San Pedro para la audiencia general.






    * * *





    Queridos hermanos y hermanas:

    La Semana Santa, que para nosotros los cristianos es la semana más importante del año, nos ofrece la oportunidad de sumergirnos en los acontecimientos centrales de la Redención, de revivir el Misterio Pascual, el gran Misterio de la fe. A partir de mañana por la tarde, con la Misa in Coena Domini, los solemnes ritos litúrgicos nos ayudarán a meditar de modo más vivo la pasión, la muerte y la resurrección del Señor en los días del Santo Triduo pascual, eje de todo el año litúrgico. Que la gracia divina pueda abrir nuestros corazones a la comprensión del don inestimable que es la salvación que nos ha obtenido el sacrificio de Cristo. Este don inmenso lo encontramos admirablemente narrado en un célebre himno contenido en la Carta a los Filipenses (cfr 2,6-11), que hemos meditado muchas veces en Cuaresma. El Apóstol recorre, en un modo tan esencial como eficaz, todo el misterio de la historia de la salvación señalando a la soberbia de Adán que, aun no siendo Dios, quería ser como Dios. Y contrapone a esta soberbia del primer hombre, que todos nosotros sentimos un poco en nuestro ser, la humildad del verdadero Hijo de Dios que, convirtiéndose en hombre, no dudó en tomar sobre sí las debilidades del ser humano, excepto el pecado, y se adentró hasta la profundidad de la muerte. A este descendimiento en la última profundidad de la pasión y de la muerte sigue después la exaltación, la verdadera gloria del amor que ha ido hasta el final. Y por eso es justo -como dice san Pablo- que "al nombre de Jesús toda rodilla se doble, en el cielo, en la tierra y en el abismo, y toda lengua proclame: ¡Jesucristo es el Señor!" (2, 10-11). San Pablo hace referencia con estas palabras a una profecía de Isaías donde Dios dice: Yo soy el Señor, que toda rodilla se doble ante mí en los cielos y en la tierra (cfr Is 45, 23). Esto - dice Pablo - vale para Jesucristo. Él realmente, en su humildad, en la verdadera grandeza de su amor, es el Señor del mundo y ante Él realmente toda rodilla se dobla.

    ¡Qué maravilloso, y al mismo tiempo sorprendente, es este misterio! Nunca podremos meditar suficientemente esta realidad. Jesús, aún siendo Dios, no quiso hacer de sus prerrogativas divinas una posesión exclusiva; o quiso utilizar su ser Dios, su dignidad gloriosa y su poder, como instrumento de triunfo y signo de distancia hacia nosotros. Al contrario, "se despojó de sí mismo", asumiendo la miserable y débil condición humana - Pablo usa, al respecto, un verbo griego muy explícito para indicar la kénosis, este descendimiento de Jesús. La forma (morphé) divina se escondió en Cristo bajo la forma humana, es decir, bajo nuestra realidad marcada por el sufrimiento, por la pobreza, por nuestros límites humanos y por la muerte. Este compartir radical y verdaderamente nuestra naturaleza, en todo menos en el pecado, lo condujo hasta esa frontera que es el signo de nuestra finitud, la muerte. Pero todo esto no fue fruto de un mecanismo oscuro o de una fatalidad ciega: fue en cambio una libre elección suya, por generosa adhesión al diseño salvador del Padre. Y la muerte que afrontó -añade Pablo- fue la de la cruz, la más humillante y degradante que se pudiese imaginar. Todo esto el Señor del universo lo ha hecho por amor nuestro: por amor ha querido "despojarse de sí mismo" y hacerse nuestro hermano; por amor ha compartido nuestra condición, la de todo hombre y toda mujer. Escribe a propósito de esto un gran testigo de la tradición oriental, Teodoreto de Ciro: "Siendo Dios y Dios por naturaleza y teniendo la igualdad a Dios, no ha considerado esto algo grande, como hacen aquellos que han recibido algún honor por encima de sus méritos, sino que, escondiendo sus méritos, eligió la humildad más profunda y tomó forma de un ser humano" (Comentario a la epístola a los Filipenses, 2,6-7).

    Preludio al Triduo pascual, que empezará mañana -como decía- con los sugestivos ritos de mediodía del Jueves Santo, es la solemne Misa Crismal, que en la mañana celebra el obispo con su presbiterio, y en el curso de la cual se renuevan también las promesas sacerdotales pronunciadas el día de la ordenación. Es un gesto de gran valor, una ocasión muy propicia en la que los sacerdotes reafirman su propia fidelidad a Cristo, que los ha elegido como sus ministros. Este encuentro sacerdotal asume además un significado particular, porque es casi una preparación al Año Santo Sacerdotal, que he convocado con ocasión del 150 aniversario de la muerte del Santo Cura de Ars que comenzará el próximo 19 de junio. Siempre en la Misa Crismal se bendecirán el óleo de los enfermos y el de los catecúmenos, y se consagrará el Crisma. Ritos estos con los que se significa simbólicamente la plenitud del Sacerdocio de Cristo y esa comunión eclesial que debe animar al pueblo cristiano, reunido para el sacrificio eucarístico y vivificado en la unidad por el don del Espíritu Santo.

    En la misa de la tarde, llamada in Coena Domini, la Iglesia conmemora la institución de la Eucaristía, el sacerdocio ministerial y el mandamiento nuevo de la caridad, dejado por Jesús a sus discípulos. San Pablo ofrece uno de los testimonios más antiguos de lo que sucedió en el Cenáculo, la vigilia de la pasión del Señor. "El Señor Jesús --escribe, al inicio de los años cincuenta, basándose en un texto que ha recibido del propio entorno del Señor-- en la noche en que iba a ser traicionado, tomó el pan y, tras haber dado gracias, lo partió y dijo: 'Esto es mi cuerpo que se ofrece por vosotros; haced esto en memoria mía'. De la misma forma, tras haber cenado, tomó el cáliz, diciendo: 'Este cáliz es la nueva Alianza de mi sangre; haced esto, cada vez que lo bebáis, en memoria mía'" (1 Corintios 11, 23-25). Palabras llenas de misterio, que manifiestan con claridad la voluntad de Cristo: bajo las especies del pan y del vino, Él se hace presente con su cuerpo entregado y con su sangre derramada. Es el sacrificio de la nueva y definitiva alianza ofrecida a todos, sin distinción de raza y cultura. Y de este rito sacramental, que entrega a la Iglesia como prueba suprema de su amor, Jesús constituye ministros a sus discípulos y a cuantos proseguirán su ministerio en el curso de los siglos. El Jueves Santo constituye por tanto una renovada invitación a dar gracias a Dios por el sumo don de la Eucaristía, que hay que acoger con devoción y adorar con fe viva. Por esto, la Iglesia anima, tras la celebración de la Santa Misa, a velar en presencia del Santísimo Sacramento, recordando la hora triste que Jesús pasó en soledad y oración en el Getsemaní, antes de ser arrestado y después ser condenado a muerte.

    Y llegamos así al Viernes Santo, día de la pasión y la crucifixión del Señor. Cada año, poniéndonos en silencio frente a Jesús suspendido en el madero de la cruz, advertimos cuán llenas de amor están las palabras pronunciadas por Él en la vigilia, durante la Última Cena. "Esta es mi sangre de la alianza, que se derrama por muchos" (cfr Marcos 14,24). Jesús quiso ofrecer su vida en sacrificio para la remisión de los pecados de la humanidad. Al igual que ante la Eucaristía, así ante la pasión y muerte de Jesús en la Cruz el misterio se hace insondable para la razón. Estamos delante de algo que humanamente podría parecer absurdo: un Dios que no sólo se hace hombre, con todas las necesidades del hombre, no sólo sufre para salvar al hombre cargando sobre sí toda la tragedia de la humanidad, sino que muere por el hombre.

    La muerte de Cristo recuerda el cúmulo de dolor y de males que pesa sobre la humanidad de todo tiempo: el peso aplastante de nuestro morir, el odio y la violencia que aún hoy ensangrientan la tierra. La pasión del Señor continúa en los sufrimientos de los hombres. Como justamente escribe Blaise Pascal, "Jesús estará en agonía hasta el fin del mundo, no hay que dormir en este tiempo"(Pensamientos, 553). Si el Viernes Santo es un día lleno de tristeza, es al mismo tiempo un día propicio para volver a elevar nuestra fe, para reafirmar nuestra esperanza y el valor de llevar cada uno nuestra cruz con humildad, confianza y abandono en Dios, seguros de su apoyo y de su victoria. Canta la liturgia de este día: O Crux, ave, spes unica - "Ave, oh cruz, única esperanza.

    Esta esperanza se alimenta en el gran silencio del Sábado Santo, en espera de la resurrección de Jesús. En este día las Iglesias están desnudas y no están previstos ritos litúrgicos particulares. La Iglesia vela en oración como María y junto a María, compartiendo sus mismos sentimientos de dolor y de confianza en Dios. Justamente se recomienda conservar durante toda la jornada un clima orante, favorable a la meditación y a la reconciliación; se anima a los fieles a acercarse al sacramento de la Penitencia, para poder participar realmente renovados a las Fiestas Pascuales.

    El recogimiento y el silencio del Sábado Santo nos conducirán en la noche a la solemne Vigilia Pascual, "madre de todas las vigilias", cuando prorrumpirá en todas las iglesias y comunidades el canto de alegría por la resurrección de Cristo. Una vez más, se proclamará la victoria de la luz sobre las tinieblas, de la vida sobre la muerte, y la Iglesia gozará en el encuentro con su Señor. Entraremos así en el clima de la Pascua de Resurrección.

    Queridos hermanos y hermanas, dispongámonos a vivir intensamente el Triduo Santo, para ser cada vez más profundamente partícipes del Misterio de Cristo. Nos acompaña en este itinerario la Virgen Santa, que siguió en silencio a su Hijo Jesús hasta el Calvario, tomando parte con pena en su sacrificio, cooperando así al misterio de la redención y convirtiéndose en Madre de todos los creyentes (cfr Juan 19, 25-27). Junto a Ella entraremos en el Cenáculo, permaneceremos a los pies de la Cruz, velaremos idealmente junto al Cristo muerto esperando con esperanza el alba del día radiante de la resurrección. En esta perspectiva, formulo desde ahora a todos vosotros cordiales augurios de una feliz y santa Pascua, junto con vuestras familias, parroquias y comunidades.




    [Al final de la audiencia, el Papa saludó a los peregrinos en varios idiomas. En español, dijo:]

    Queridos hermanos y hermanas:

    La Semana Santa, que para nosotros los cristianos es la semana más importante del año, nos ofrece la oportunidad de actualizar los misterios centrales de la Redención. Desde mañana por la tarde, con la Misa de la Cena del Señor, los solemnes ritos litúrgicos nos ayudarán a meditar de forma más viva la pasión, muerte y resurrección del Señor. La Misa crismal es como un preludio al Triduo pascual. En ella se bendice el óleo de los catecúmenos y de los enfermos y se consagra el Santo Crisma. Se renuevan también las promesas sacerdotales pronunciadas el día de la Ordenación. Esta celebración tiene este año un significado particular, pues será casi como una preparación al Año Sacerdotal, que he convocado con ocasión del ciento cincuenta aniversario de la muerte del Santo Cura de Ars, y que se inaugurará el próximo día diecinueve de junio. En estos días santos nos acompaña la Santísima Virgen. Con Ella entraremos en el cenáculo, permaneceremos junto a la Cruz y estaremos idealmente junto a Cristo muerto aguardando con esperanza la aurora del día glorioso de la Resurrección.

    Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española, en particular a las Hermanas de la Caridad Dominicas de la Presentación, a los grupos venidos de España, México, Puerto Rico y otros países latinoamericanos, así como a los participantes en el Congreso Universitario Internacional UNIV dos mil nueve, deseándoles que estos días en Roma les ayuden a renovar su amistad con Jesucristo y a seguirlo como Maestro de vida. Deseo a todos una feliz y santa Pascua, junto a vuestras familias, parroquias y comunidades. Muchas gracias.

    [Traducción del original italiano por Inma Álvarez

    © Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana]




    © Innovative Media, Inc.
  • 32